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A anulação da nomeação de Maurício Requião a uma cadeira do Tribunal de Contas abre espaço, logo no início da atual administração estadual, para a primeira indicação ao cargo feita pelo grupo do governador Beto Richa (PSDB). O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), negou que a decisão de invalidar a eleição de Maurício tenha tido motivação política, embora ele faça parte do grupo adversário ao atual governo.

"[Não há] nenhuma [motivação política]. É atribuição do presidente [da Assembleia] abrir a vaga de conselheiro do TC e eu não posso tergiversar e não tomar a medida", afirmou Rossoni.

O ex-governador Roberto Requião (PMDB) havia indicado quatro dos sete atuais conselheiros do TC – agora ele perde um. Além de Maurício, foram indicados durante a gestão Requião os conselheiros Artagão de Mattos Leão, Caio Soares e Hermas Brandão.

Outros dois conselheiros foram indicados na administração do ex-governador Jaime Lerner, cujo grupo tem fortes afinidades políticas com Richa. São eles: Fernando Guimarães e Heinz Herwig. Já o ex-governador Alvaro Dias (PSDB) – que está rompido com Richa – nomeou Nestor Baptista.

Com a indicação do sétimo nome, o grupo político do atual governador passaria a contar com mais força dentro do TC, órgão que julga as contas do governo esta­­dual.

Nos bastidores, o secretário da Casa Civil, Durval Amaral (DEM), é cotado como favorito à vaga de Maurício. O próprio Rossoni teria interesse na função de conselheiro em futuras indicações, após terminar o mandato de presidente da Assembleia.

A inscrição para interessados na vaga de Maurício começa a ser feito hoje no Protocolo da Assembleia e deve se encerrar na terça-feira. A eleição deve ocorrer em duas semanas. Os requisitos para se inscrever são: ter idade entre 35 e 65 anos e "notório conhecimento jurídico, contábil ou de administração pública".

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