Pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta terça-feira, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria reeleito no primeiro turno. De acordo com a pesquisa, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, perdeu 7,5 pontos percentuais desde o último levantamento, realizado em julho. No voto estimulado, aquele em que o entrevistador menciona os nomes dos candidatos, Alckmin caiu de 27,2% para 19,7% em agosto. Já as intenções de voto do presidente Lula subiram de 44,1% para 47,9% no mesmo período. A senadora Heloisa Helena, do PSOL, que tinha 5,4% das intenções de voto em julho, tem agora 9,3%. Indecisos, brancos e nulos somam em agosto 20,9%, contra 20% em julho.
O cientista político Ricardo Guedes, do Instituto Sensus, apresentou três hipóteses para a queda de Alckmin. A primeira é a perspectiva de que o tucano não vai ganhar a eleição, o que estaria levando o eleitorado a transferir o voto para a Heloisa Helena. Segundo Guedes, Alckmin também não estaria sendo eficiente em sua exposição na mídia. Em terceiro, ele cita a segunda onda de ataques da principal facção criminosa de São Paulo em julho, o que teria tirado votos do ex-governador paulista.
Na pesquisa de voto espontâneo, somente Heloisa Helena apresentou crescimento. A senadora, que tinha 1,4% das intenções de voto em julho, agora aparece com 4,6%. O presidente Lula, que tinha 33,5%, caiu para 32,3%, enquanto o tucano Geraldo Alckmin, que estavam com 12,6%, aparece com 10,1% em agosto. Todos os outros candidatos somaram 1% em agosto, contra 1,6% na pesquisa de julho. Indecisos, brancos e nulos têm agora 52,0%, contra 50,9% em julho.
Na simulação de um possível segundo turno, a pesquisa mostra que cresceu a vantagem do presidente Lula sobre o tucano Geraldo Alckmin. Se a eleição fosse hoje, Lula teria 52,5% dos votos no segundo turno, contra 48,6% da pesquisa de julho. Alckmin teria 29,8%, contra 35,8% de julho.
De acordo com a pesquisa, Alkmin caiu na preferência do eleitorado em todas as regiões, enquanto o presidente Lula aumentou sua vantagem .
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 12.310 e ouviu dois mil eleitores em 195 municípios entre os dias 1º e 4 de agosto.