O conteúdo do depoimento do doleiro paranaense Alberto Youssef feito na terça-feira (18) na CPI dos Correios, em Brasília, poderá ser divulgado nesta quinta. O requerimento para a divulgação foi protocolado nesta quarta (19) pelo deputado federal Dr. Rosinha (PT) no Ministério Público Federal (MPF).
A expectativa sobre o conteúdo do depoimento se dá por conta das revelações feitas pelo doleiro em que confessa que pagou propina semanal aos diretores do extinto Banestado. "O depoimento foi muito rico e compromete muita gente no nosso estado", revelou Dr. Rosinha. De acordo com o deputado, o depoimento dá munição para mais investigações sobre as transações que ocorreram entre 1996 a 2000, antes da privatização do banco.
Segundo relatos de parlamentares, Youssef descreveu como funcionava seus negócios no Banestado. Ele negociava favorecimentos do banco para poder enviar até US$ 15 milhões diários para o exterior por meio de contas CC-5.
O doleiro, que cumpre pena em regime semi-aberto sob acusação de evasão de divisas, disse ter enviado para fora do país US$ 2 bilhões no período 1996-2000. Parlamentares estimam que US$ 25 milhões ficaram com Youssef a título de comissão.
Segundo as investigações da Polícia Federal, do MPF e da CPI do Banestado, Youssef e dezenas de doleiros mandavam ao exterior, por meio de contas CC-5 (para residentes no exterior) abertas em nome de laranjas ou empresas fantasmas, recursos provenientes de caixa 2 de empresas e profissionais liberais, corrupção e desvios de dinheiro público.
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