Enquanto não é incluída na Ordem do Dia, a reforma política continua a ocupar os debates do plenário. De junho até a semana passada, foram feitos 125 pronunciamentos sobre o assunto, entre discursos e apartes. "O problema é que cada deputado aqui tem uma reforma particular, segundo seu próprio interesse", observa Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Um dos poucos pontos convergentes na Câmara sobre o assunto é que a reforma política poderá auxiliar na governabilidade do país. A opinião é compartilhada por parlamentares de quase todos os partidos.
Para os deputados, a crise política atual tem um ingrediente comum a todas as crises dos últimos anos: o financiamento irregular de campanhas. Como a reforma prevê a adoção do financiamento público, a expectativa é que, uma vez aprovada, ela reduza a instabilidade política enfrentada por todos os presidentes.
"O sistema político, do jeito que está, é um elemento gerador de corrupção e crises", alerta o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). Para ele, a reforma política é a mais importante das reformas em discussão na Câmara e deveria ser votada antes de todas as outras.
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