Após consultar uma numeróloga, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) acrescentou “do” ao seu nome público, figurando na urna eletrônica como “Delcídio do Amaral”. A mudança, no entanto, não ajudou o senador. Além de perder as eleições ao governo do Mato Grosso do Sul para Reinaldo Azambuja (PSDB), ele ainda foi o primeiro senador da república preso em pleno exercício do mandato.
A presidente da Associação Brasileira de Numerologia (Abran), Rosana Machado, fez uma rápida análise do mapa do senador, usando o nome e a data de nascimento que constam no site do Senado. E discordou da numeróloga consultada por Delcídio. “Como ele é um político, teria sido melhor manter o nome anterior, que estava ligado à justiça e à honestidade”, disse.
Em princípio, as duas letras a mais fariam com que a soma do nome passasse a ser 16, o que tem uma relação direta com a data de nascimento do senador, 8 de fevereiro. Delcídio já disse em entrevista que sua vida sempre foi guiada pelo número 8, e que as suas filhas “têm uma composição de oitos”.
Segundo Rosana Machado, o número 8 realmente faz parte da composição do senador, mas com uma condição especial: para ter um destino feliz, ele precisaria se esforçar, trabalhar em colaboração e, principalmente, ser honesto. Caso saísse da linha, as consequências para ele seriam piores do que para a maioria das pessoas.
A prisão, ocorrida no último dia 25, guarda mais uma surpresa: a soma de todos os algarismos da data totaliza 17, o que, aplicando a redução da numerologia, se transforma em 8.
Autora de 32 livros, a numeróloga e astróloga Anna Maria Costa Ribeiro explica que o nome é apenas um “cartão de visitas”, e que a simples mudança não vai fazer nenhum milagre. Ela, que já atendeu candidatos buscando um novo nome que os ajudassem a ganhar uma eleição, reforça que a melhora na vida só é conquistada por meio de esforço. “Se fosse fácil assim, a candidata seria eu”.
Em tempo: oito é o número de anos que dura o mandato de um senador.
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