O caso da propina

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* No dia 13 de fevereiro de 2004, a revista Época publicou reportagem sobre uma fita que mostrava Waldomiro Diniz, então assessor do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, cobrando propina do empresário do jogo, Carlos Cachoeira. A gravação foi feita em 2002, quando Waldomiro presidia a Loteria Estadual do Rio (Loterj).

* Na fita divulgada pela revista Época, Waldomiro pede dinheiro para as campanhas de Rosinha Matheus (ex-PSB, hoje PMDB) e Benedita da Silva (PT) ao governo do Rio e ainda dinheiro para si. Em entrevista, Waldomiro cita Geraldo Magela (PT), à época candidato ao governo do Distrito Federal, como um dos beneficiários do dinheiro.

Investigação, PF e novas denúncias

* Waldomiro foi exonerado do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da Repúblicano mesmo dia da divulgação das denúncias.

* Além da demissão de Waldomiro, o governo editou uma MP proibindo bingos e caça-níqueis no país.

* No Congresso, a oposição conseguiu assinaturas para uma CPI dos Bingos, mas o governo barrou a instalação da comissão com uma manobra regimental (os governistas não indicaram os nomes para compor a comissão, e o então presidente do Senado, José Sarney, arquivou o requerimento).

* A oposição recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação da CPI.

* No dia 5 de março, o Senado rejeitou a medida provisória que proibia o funcionamento das casas de bingos e máquinas de caça-níqueis.

* No dia 23 de junho passado, o STF determinou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que indicasse os membros da CPI.

* No dia 29, finalmente, a Comissão foi instalada. O senador Efraim Morais (PFL-PB) foi escolhido presidente da CPI, e o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), relator.