Lista
Veja quem confirmou o apoio ao pedido de recurso para que os vetos a emendas sejam revistos em plenário:
Ademar Traiano (PSDB), Ademir Bier (PMDB), Caíto Quintana (PMDB), Élio Rusch (DEM), Fabio Camargo (PTB), Felipe Lucas (PPS), Francisco Buhrer (PSDB), Jonas Guimarães (PMDB), Luiz Accorsi (PSDB), Luiz Fernandes Litro (PSDB), Luiz Nishimori (PSDB), Marcelo Rangel (PPS), Mario Roque (PMDB), Miltinho Puppio (PSDB), Nereu Moura (PMDB), Ney Leprevost (PP), Plauto Miró (DEM), Stephanes Jr. (PMDB).
A derrubada das emendas, que liberavam a instalação de fumódromos dentro de ambientes fechados e flexibilizavam a Lei Antifumo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) mobilizou uma parcela de deputados na Assembleia Legislativa. Ontem, Stephanes Jr. (PMDB) anunciou que 22 parlamentares assinaram um pedido de recurso a plenário, que será protocolado na Casa se a CCJ não rever a decisão no novo parecer que será anunciado na semana que vem.
Na última segunda-feira, a comissão rejeitou 6 das 17 emendas que foram apresentadas durante a primeira votação da matéria. Autor de duas das emendas rejeitadas, Stephanes recorreu e as propostas serão novamente analisadas pela CCJ. As modificações derrubadas tentavam flexibilizar o projeto e, entre outras medidas, permitiam a concessão de alvará de funcionamento para bares destinados exclusivamente a fumantes e isentava de punição as pessoas que fumassem dentro dos estabelecimentos. No entanto, o governo, autor do projeto original, luta pela tolerância zero ao fumo em ambientes fechados.
Deputado que encabeça a coleta das assinaturas, Stephanes se disse contra o cigarro, mas defendeu que os fumantes tenham o direito individual respeitado. Segundo o peemedebista, seu posicionamento está sendo distorcido, já que ele foi o primeiro a apresentar uma proposta para proibir o fumo no Paraná o projeto que está em votação na Assembleia é uma mistura de quatro matérias que tramitavam na Casa. "Eu que sou contra estou sendo taxado de defensor do cigarro. Isso é uma barbaridade", afirmou. "Estou apenas defendendo o direito dos fumantes de manterem o prazer e o vício deles. Não podemos ser radicais a ponto de proibir tudo."
Stephanes reconheceu que, por bom senso, as pessoas não deveriam fumar. Ele, no entanto, alegou que os fumantes não podem ser obrigados a sair dos estabelecimentos e ir fumar na rua.
Surpresa
O deputado Reni Pereira (PSB), relator da matéria na CCJ, admitiu ter ficado surpreso com a quantidade de assinaturas conseguidas por Stephanes. Segundo ele, o número mostra que quase metade dos parlamentares são 54 no total estão predispostos a votar pela flexibilização da lei.
Para Reni, o fato de 22 parlamentares terem assinado o requerimento aponta que haverá equilíbrio na votação final da proposta. "A luz vermelha ainda não acendeu, mas a amarela já está para acender", disse.
O projeto antifumo foi aprovado em primeira discussão na semana passada e iria à segunda votação na última terça-feira, após a CCJ ter analisado as emendas apresentadas em plenário. No entanto, como Stephanes Jr. recorreu da decisão, o projeto terá de voltar à comissão. Somente depois da análise desse recurso e, possivelmente, do que será apresentado no plenário, a matéria poderá ser levada à segunda e terceira votações, antes de ir à sanção ou veto do governador Roberto Requião (PMDB).
Justiça
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Paraná (Abrasel) protocolou ontem no Tribunal de Justiça um mandado de segurança contra a lei antifumo sancionada na semana passada pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). No documento assinado pelos 353 associados da entidade, a Abrasel alega que a nova lei é arbitrária e discriminatória. De acordo com o advogado da associação, Percival Maricato, a determinação contraria a Lei Federal 9.294, de 1996, que permite a presença de fumódromos nos estabelecimentos, em ambientes isolados e com exaustão.
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