O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, criticou nesta quinta-feira (21) a ideia defendida pelo ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), de acabar com as transmissões ao vivo das sessões de julgamento da Corte pela TV Justiça. "Caso o Supremo resolva vetar as transmissões ao vivo, estabelecendo a transmissão apenas de programas editados sobre as sessões de julgamento do Pleno, a questão é saber quem será o censor. O sistema atual, de transmissões livres, com todos os seus defeitos, é muito melhor que a censura ou edições controladas previamente", afirmou.
O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, também se diz contra o fim das transmissões ao vivo. Segundo ele, elas contribuíram para a democratização do Judiciário. "Seria um grande retrocesso. Espero que os ministros votem contra", disse.
O presidente da Comissão Nacional de Direitos Sociais da OAB, Roberto Caldas, afirmou que seria um "retrocesso" editar os julgamentos antes de transmiti-los. "Quando uma conquista dessa espécie se aperfeiçoa não pode haver volta. Do contrário, em termos jurídicos, seria um grande retrocesso que feriria princípios de direitos sociais e constitucionais". Ontem, o presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que o fim das transmissões não está sendo cogitado.
Barroso vota por manter exigência de decisão judicial para responsabilizar redes por ofensas
Dias de pânico: o que explica a disparada do dólar e dos juros
Congresso fecha lista do “imposto do pecado”; veja o que terá sobretaxa e o que escapou
Como funciona a “previdência militar” que o Congresso vai rever