A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou nesta segunda-feira (14) com representações de quebra de decoro parlamentar contra três deputados distritais supostamente envolvidos no escândalo do mensalão do DEM de Brasília. O órgão pede também que eles sejam impedidos de participar de qualquer processo que envolva o impeachment do governador José Roberto Arruda (agora sem partido).
São eles: Leonardo Prudente (DEM), que ficou conhecido por colocar maços de dinheiro na meia; Eurides Brito (PMDB) e Junior Brunelli (PSC), que protagonizou, junto com Prudente, o vídeo com o que ficou conhecida como oração da propina. Se ficar decidido que houve quebra de decoro, os deputados podem ter os mandatos cassados.
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
Outros cinco deputados e dois suplentes foram citados no inquérito, mas não sofreram, neste primeiro momento, representações do órgão. Segundo a OAB, os pedidos devem ser encaminhados durante esta semana.
Os processos serão encaminhados ao Corregedor da Casa, o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) e, se tiverem prosseguimento, irão para a Comissão de Ética da Câmara Legislativa.
Comissão especial
Segundo o presidente interino da Casa, deputado Cabo Patrício (PT), os deputados irão escolher nesta tarde os membros da comissão especial que vai avaliar o pedido de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
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