Os partidos de oposição da Câmara defenderam nesta quinta-feira (5) que a Casa realize imediatamente uma nova eleição para se escolher quem substituirá Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Casa. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta tarde suspender o peemedebista do seu mandato parlamentar e do comando da Casa.
Em nota, o PSDB, DEM, PPS e PSB afirmam que, como o Supremo não fixou prazo para o retorno de Cunha e para a conclusão da ação penal a que ele responde, eles consideram que o cargo de presidente da Câmara está vago e exigem a escolha imediata de um novo presidente para que “se restabeleça a normalidade e seja retomada a atividade parlamentar na Casa”.
Líderes da oposição, dos partidos do chamado centrão e do PMDB estão reunidos nesta noite na Câmara para se tentar chegar a um acordo sobre a escolha de um novo presidente.
As quatro siglas endossaram a decisão do STF e afirmaram entender que a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovada pela Câmara em abril, está de acordo com o que determina a Constituição e o rito estabelecido pelo próprio Supremo, “indicando o pleno funcionamento das instituições e sinalizando que o país caminha para o reencontro com princípios e valores como a transparência, a Justiça e o combate à impunidade, tão desejados pela sociedade brasileira”.
Após a decisão do STF, o governo passou a defender que o processo de impeachment seja anulado porque Cunha o aceitou com desvio de poder, como vingança por não ter obtido o apoio do PT no Conselho de Ética da Câmara.
Cunha diz que “estranha” decisão do STF e avisa que vai recorrer
Leia a matéria completaOs oposicionistas afirmam ainda que a representação pedindo o afastamento de Cunha foi assinada pela oposição e protocolada junto à Procuradoria-Geral da República em 25 de novembro. Em outubro, os partidos já haviam defendido o afastamento do peemedebista.
“Salientam ainda que vêm defendendo a renúncia de Cunha à Presidência da Câmara desde que se tornaram públicas as denúncias e documentos sobre a existência de contas em nome dele no exterior, investigadas no âmbito da Operação Lava Jato”, diz a nota.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Deixe sua opinião