“As bancadas (governistas) se rebelaram. Isso nos dá oportunidade de colocar, junto com a oposição, uma proposta alternativa”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).| Foto: Gilmar Felix/Câmara dos Deputados

Líderes de oposição alegaram nesta segunda-feira, 7, que o objetivo da apresentação de uma chapa alternativa para a formação da comissão especial do impeachment é “desmontar a equação do governo” que, na avaliação deles, buscava criar um colegiado “chapa branca”.

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Os oposicionistas alegaram que não há “conluio” com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Disseram que a ideia é derrotar a chapa hegemônica do Palácio do Planalto e controlar os trabalhos da comissão.

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“As bancadas (governistas) se rebelaram. Isso nos dá oportunidade de colocar, junto com a oposição, uma proposta alternativa”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), reforçou que a segunda chapa será possível graças ao apoio dos dissidentes da base aliada do governo, que se rebelaram contra a construção de um colegiado pró-governo.

“A oposição não tem força suficiente para aprovar o impeachment. A gente precisa da colaboração de dissidentes. Se os dissidentes estão insatisfeitos dentro de seus partidos, manifestando sua insatisfação com relação a essa operação chapa branca, eles são muito bem-vindos”, declarou. “Para vencer os obstáculos e aprovar o impeachment, precisamos sim dos dissidentes dentro da Casa. Do contrário não vamos para lugar algum”, emendou.

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Representantes da oposição classificaram de “falácia” falar em conluio com Cunha e rechaçou a ideia de acordo para que não haja reunião do Conselho de Ética amanhã. “O que há, na verdade, é um desespero por parte do governo e uma tentativa de intimidar a oposição”, rebateu Mendonça.

Às 14h desta terça-feira, exatamente no horário convocado pelo Conselho para votar o relatório que pede a continuidade do processo disciplinar contra o peemedebista, Cunha estará recebendo as indicações dos partidos para o processo de impeachment.

Ele pode abrir sessão para votar a formação da comissão especial do impeachment na sequência. Os oposicionistas, no entanto, garantem que será possível realizar a sessão do Conselho de Ética. “(O Conselho) vai funcionar com tranquilidade, não se preocupem”, desconversou o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), fiel aliado de Cunha.