Os desdobramentos da Operação Lava Jato nas últimas semanas estimularam a oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) a embarcar oficialmente nas manifestações pelo impeachment da petista.
Pela primeira vez desde os protestos do ano passado, os oposicionistas mostraram uma ligação institucional com os manifestantes, a ponto de vários deles cogitarem se fazer presentes nas ruas do país no domingo (13). A leitura é de que os atos podem selar a derrubada de Dilma.
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Leia a matéria completaAo contrário do que ocorreu na manifestação de dezembro, quando a oposição apoiava os protestos, mas não arriscava participar presencialmente dos atos, parlamentares filiados ao PSDB, DEM, PPS, PV e SD sustentam que agora estarão nas ruas.
A mudança de postura ocorreu logo após a prisão do marqueteiro do PT João Santana, no final de fevereiro, e ganhou ainda mais corpo com a condução coercitiva e o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula.
“Somente a saída de Dilma do governo abrirá caminho para que possamos voltar a trilhar o rumo do desenvolvimento sustentável, responsável, planejado e longe da corrupção. Convocamos todos os que lutam por um país melhor, que se juntem, se unam, deem as mãos, e saiam às ruas no dia 13 de março para exigir um novo Brasil sem Dilma e sem o PT”, dizia um manifesto lido no plenário da Câmara por partidos da oposição. O slogan da nota – a primeira conclamando a população a ir às ruas − era claro: “Ou você vai ou ela fica”.
Deputado federal pelo PSDB do Paraná, Valdir Rossoni afirma que estará em meio aos manifestantes na capital do estado. “Nos últimos 15 dias, percebe-se em Brasília que a base parlamentar do governo desmoronou. Eles se sustentavam em cima da imagem do Lula, na esperança de ele voltar. Mas alguém que está às portas da cadeia não dá perspectiva de futuro a ninguém. O impeachment não tarda a acontecer”, afirma.
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