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A proposta de uma CPI mista de deputados e senadores para investigar o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, uniu a oposição na Câmara e no Senado. Além do PSDB, DEM, PPS e PSOL participam da articulação e vão procurar agora coletar assinaturas entre parlamentares governistas.

A ementa do requerimento de CPI que está sendo preparado pelo PSDB cita o "extraordinário crescimento patrimonial da empresa Projeto", de propriedade de Palocci, pede a investigação se houve "a percepção de vantagens indevidas" ou o "patrocínio de interesses privados perante a órgãos do governo federal" e avança até sobre a possível "relação desses fatos com a campanha presidencial de 2010". Palocci foi um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

Para conseguir instalar a CPI é necessário o apoio de 171 deputados e 27 senadores. Os quatro partidos que aderiram à ideia, porém, têm menos de 100 deputados e somente 18 senadores. Por isso, o discurso já está ensaiado para conseguir apoios de alguns governistas.

"Vamos mostrar para eles que é ruim para o governo, para o Congresso e para toda a sociedade se este caso não for esclarecido. Daqui a pouco a crise se agrava de um jeito que pode paralisar o governo. Vamos mostrar é que nós queremos que essa crise tenha um fim e que isso só acontecerá se esclarecendo os fatos", diz o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).

O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), diz apoiar a iniciativa da CPI e defende que a comissão discuta também o papel desse tipo de consultoria em si. Alencar destacou que seu partido defende uma mudança na Constituição para proibir que parlamentares prestem esse tipo de serviço.

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