O PSDB, DEM e o PPS entraram nesta sexta-feira (5) com duas representações na Procuradoria-Geral da República. A oposição pede investigação sobre eventuais responsabilidades do gabinete de Segurança Institucional sobre o grampo telefônico envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), além dos tucanos Tasso Jereissati (CE), Arthur Virgílio (AM) e Álvaro Dias (PR), que também teriam sido alvos de escuta telefônica ilegal.
Em outra ação, os três partidos solicitam aos procuradores que apurem as razões que levaram a Polícia Federal a poupar o secretário de Assuntos Institucionais do PT, Romênio Pereira, do grampo autorizado pelo STF. O petista é acusado de fraudes em obras públicas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) detectadas pela Operação João de Barro, comandada pela PF.
A iniciativa da oposição foi decidida em reunião na quarta-feira realizada entre os presidentes do PSDB, Sérgio Guerra (PE), do DEM, Rodrigo Maia (RJ) e do PPS, Roberto Freire. Na representação, os partidos alegam que "as investigações da PF identificaram uma rede de corrupção envolvendo autoridades municipais que, com a conivência de servidores federais, desviava recursos destinados a obras incluídas no PAC. As investigações mostraram que o secretário petista pode ser o elo entre tais autoridades municipais e o governo federal".
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