Curitiba Falta de moradia digna, educação e cursos profissionalizantes são os principais fatores responsáveis pelo envolvimento das crianças e adolescentes no crime organizado. "Na ausência de políticas públicas que solucionem essas falhas, crianças e adolescentes não têm outras alternativas e acabam sendo autoras ou vítimas de crimes", lamenta o advogado Ariel de Castro Alves, cooordenador do Movimento dos Direitos Humanos em São Paulo e membro da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil.
"Por sofrer ainda com Abusos sexuais, violência doméstica e policial, participar desses grupos muitas vezes é a única referência deles de identidade e auto-estima", completa psicóloga Maria de Lourdes Teixeira, professora da PUC-SP.
Margareth Matos de Carvalho, procuradora do Ministério Público do Trabalho e do Núcleo de Combate a Exploração do Trabalho Infantil no Paraná, reforça que esse tipo de violência não ocorre apenas em cidades como Rio e São Paulo, mas em Curitiba e outras capitais do país. "As crianças nas favelas da Vila das Torres e no Parolim utilizam armas pesadas", lembra. "O problema ficará sem solução se não houver investimentos significativos para colocar em prática o Estatuto da Criança e do Adolescente", finaliza. Os especialistas lembram ainda que as crianças e adolescentes continuam sendo mais vítimas do que autoras de violência. De acordo com a Unicef, 16 pessoas entre 0 a 18 anos, são assassinadas por dia no Brasil.
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