Osmar espera apoio de Alvaro
Apesar de Alvaro Dias declarar apoio a José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência, Osmar Dias, que sustenta o palanque de Dilma Roussef, declarou nesta quinta-feira (1º) que espera o apoio do irmão na disputa ao governo do Paraná. O pedetista acredita na ajuda de Alvaro em razão da questão familiar.
Ele ainda defendeu Alvaro e disse que o irmão não havia sido indicado como vice de Serra apenas para barrar candidatura dele. "Não era uma disputa direta. Não posso admitir que queiram dizer que o Alvaro estava sendo escolhido apenas para arrumar uma situação do Paraná", opinou.
Sobre o fato de estar ao lado de Roberto Requião (PMDB), principal adversário nas eleições ao governo estadual em 2006, Osmar disse que não existem ressentimentos. "Já fui secretário da Agricultura no governo do Requião. As divergências estão superadas", declarou.
(AR com Agência Estado)
Quadro de candidatos no Paraná foi definido
- RPC TV
Depois de meses de negociações e indefinição em torno da candidatura ao governo do Paraná, Osmar Dias (PDT) afirmou que não se considera um indeciso, mas sim uma pessoa prudente. A declaração foi dada na tarde desta quinta-feira (1º), durante uma coletiva de imprensa, depois de Dias ser questionado se era um grande indeciso ou grande estrategista.
O candidato pedetista anunciou que iria concorrer ao governo apenas na noite de terça feira (28), penúltimo dia permitido pela legislação eleitoral para os partidos definirem as candidaturas. Osmar caracterizou como "doloroso" o processo para construção da aliança com PT e PMDB. "Todos cederam. Não seria justo deixar um estado com o Paraná sem alternativas, sem direito de escolha", disse.
Conversas
Desde que as negociações relacionadas às eleições no estado começaram a se intensificar, a grande dúvida em relação à disputa para o governo concentrou-se em torno do nome de Osmar Dias.
O PT mostrou interesse em integrar uma chapa com o pedetista. Com um nome forte na disputa estadual, os petistas poderiam fortalecer o nome da candidata à Presidência Dilma Roussef no Paraná. No entanto, o empecilho nas conversas era a posição de Gleisi Hoffmann na aliança. Em uma coligação, Osmar Dias gostaria de ter a petista como candidata a vice, mas o PT também insistia em tê-la como candidata ao Senado.
Já o PMDB sustentou por muito tempo a candidatura própria do atual governador, Orlando Pessuti, apesar das pesquisas de intenção de voto que sempre posicionaram o peemedebista bem atrás de Dias e do candidato do PSDB, Beto Richa.
Com as dificuldades de acerto com PMDB e PT, o PSDBofereceu uma proposta formal de aliança a Osmar Dias. Para conseguir o apoio, além de uma das vagas de candidato ao senado, o PSDB ofereceu aos pedetistas a vaga de vice-governador na chapa. O diretório estadual do PDT chegou a enviar um fax para a executiva nacional, solicitando autorização para fazer coligação com o PSDB, mas o pedido foi vetado pela direção nacional do partido.
Últimos capítulos
Depois de pressão da executiva nacional pedetista, as conversas com PMDB e PT voltaram a ocorrer. A desistência de Pessuti em favor de Dias facilitou a consolidação da aliança entre os três partidos.
Quando a coligação parecia encaminhada, o irmão de Osmar, Alvaro Dias, surgiu como um possível candidato a vice na chapa do tucano José Serra à Presidência. Como Osmar não queria concorrer em lado oposto ao do irmão, a desistência dele voltou a ser cogitada e Pessuti chegou a anunciar que voltaria a ser candidato.
O enfraquecimento de Alvaro Dias na chapa nacional acabou decretando o fim da série de negociações e, na terça-feira, Osmar confirmou ser candidato ao lado de petistas e peemedebistas.
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