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Em vídeo, Dilma manda mensagem de apoio a Padilha

A presidente Dilma Rousseff gravou um vídeo de apoio ao candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha. A militância petista esperava a presidente no ato de hoje, mas sua presença foi cancelada ontem. A presidente tem, ainda hoje, um encontro com a chanceler alemã Angela Merkel.

No vídeo exibido há pouco durante evento que lançou oficialmente a candidatura de Padilha, Dilma afirmou que gostaria de estar presente no ato. "Estou presente de alma e coração para apoiar a sua candidatura", afirmou a presidente ao ex-ministro da Saúde.

Dilma exaltou programas do governo federal para a população do Estado de São Paulo, como o Minha Casa Minha Vida, e obras que estão sendo realizadas com a ajuda do governo federal, como o Rodoanel. Ela também provocou o PSDB, maior rival do PT. "São Paulo não pode mais confiar em volume morto", afirmou, ao dizer que Padilha representa novas ideias para o Estado paulista. Volume morto é o termo utilizado para a área de onde está sendo retirada água do sistema do Cantareira com o objetivo de garantir o abastecimento aos consumidores de São Paulo.

A presidente disse, ainda, que os eleitores terão oportunidade de conhecer melhor Padilha e as ações do PT durante a campanha eleitoral na televisão. E defendeu os conselhos populares. "Os conselhos são essenciais para a democracia do País. Nossos adversários são contrários a isso", disse.

Em discurso no ato político do PT de lançamento de sua candidatura ao governo de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha procurou destacar por diversas vezes sua relação com o Estado de São Paulo, onde nasceu e se formou, e os planos de parceria com o governo federal, caso seja eleito, após 20 anos de gestão do PSDB no Estado.

Dizendo que em suas 'veias corre o sangue paulista', Padilha disse que tem energia de sobra para trabalhar e não se acomodar. E citou sua trajetória como médico, a experiência de trabalho em comunidades isoladas, como a Amazônia, e a importância dessa experiência na implantação do programa Mais Médicos do governo federal. "Foi ali, na distante Amazônia, que nasceram minha determinação e minha coragem para romper resistências e, assim, levarmos, em apenas 8 meses, médicos para 50 milhões de brasileiros."

Padilha reforçou a reprovação à administração do governo tucano com relação à educação, criticando o sistema de progressão continuada, e prometendo reforçar as parcerias com o governo federal para o ensino profissionalizante. "Nos lugares onde o governo do PSBD só criou presídios, nós vamos criar escolas técnicas", disse. E criticou também a decisão do governo paulista de não receber uma fazenda como doação para a instalação de uma universidade, em Itapeva. Segundo ele, "não se governa bem um Estado na base da picuinha com o governo federal e com prefeitos de outros partidos". Prometeu, em seu governo não deixar de ajudar prefeituras por conta de divergências políticas.

Sobre segurança, o ex-ministro prometeu rigor contra o crime e total combate à impunidade, dizendo que pretende usar a parceria e a técnica da polícia federal para, se for necessário, sufocar o fluxo financeiro das facções criminosas e que pretende fazer funcionar o bloqueio de celulares nas penitenciárias. "Tecnologia pra isso já existe. O que não existe é pulso firme para fazer o que tem que ser feito."

Com relação ao sistema de transporte sobre trilhos do governo paulista, alvo de denúncias de corrupção, Padilha disse apenas que era preciso transparência para mudar de verdade o metrô e o trem de São Paulo, com maior fiscalização das parcerias e da realização das obras, e explanou sobre os planos de expansão e o sistema do bilhete único metropolitano.

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