O candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes, divulgou nota sobre a resposta que deu à pergunta sobre consumo de maconha, dirigida a ele e ao adversário no segundo turno, Fernando Gabeira (PV).
A pergunta foi formulada por um jornalista durante debate nesta quinta (16) promovido pelo jornal "Folha de S.Paulo".
Confira abaixo a íntegra da nota, divulgada pela assessoria de Paes.
"NOTA À IMPRENSA
Ao verificar nos onlines dos principais jornais brasileiros a repercussão do debate entre mim e o deputado Fernando Gabeira, promovido hoje pelo jornal Folha de São Paulo, me sinto no dever de enfatizar pontos importantes que darão maior clareza na busca do bom jornalismo, de informar corretamente os leitores.
O jornalista Mário Magalhães, da Folha de São Paulo, fez uma pergunta aos dois candidatos: "O senhor já experimentou maconha?". A minha resposta foi: "Experimentei quando jovem e não gostei", e enfatizei que durante toda a minha vida pública sempre me manifestei contra a legalização da maconha.
Já o deputado federal Fernando Gabeira fez da defesa da legalização da maconha um dos seus principais compromissos como homem público. Até pouco tempo, no seu site de deputado, havia uma folha de maconha estampada na página principal. A própria empresa proprietária do jornal Folha de São Paulo, por intermédio da editora Publifolha, editou um livro sobre a maconha, cujo autor é o deputado, no qual ele faz considerações sobre as características dessa droga e mostra profundo conhecimento de estudioso e usuário.
Em fevereiro do ano passado, em entrevista à revista Playboy, ao contrário do que disse hoje no debate da Folha, o deputado Fernando Gabeira declarou que "eu defendo a legalização, estudo o assunto e, quando vou a Amsterdã, fumo. Lá você tem uma oferta maior." Em certos momentos, exalta as qualidades da maconha: "a maconha não é uma planta, é uma cultura. Só ela tem um museu em Amsterdã. A berinjela não tem, a abóbora não tem. Aqui no Brasil, os brancos fazem propaganda mostrando que quem fuma maconha fica abobado. Os guajajaras usavam para intensificar o trabalho na colheita, outros fumam para ampliar a consciência, outros fumam para relaxar, outros fumam porque estão de saco cheio", declarou Gabeira à Playboy.
Sempre defendi intransigentemente, como homem público, a liberdade de imprensa. Ela é o pilar fundamental da democracia. No entanto, cabe aos órgãos de comunicação darem aos seus leitores a devida proporção dos fatos. Percebo (pelas notícias publicadas nos onlines) uma tentativa de igualar o experimento de um cigarro de maconha por um jovem - que, homem público sempre se posicionou contra a legalização da maconha -, com um deputado federal que marcou sua vida pela defesa da sua legalização. Jamais esse tema foi prioridade na minha vida e, sempre que abordado sobre a legalização da droga, refutei veementemente.
Envio essa mensagem às redações dos jornais na convicção de que a imprensa brasileira, que é orgulho da democracia e do povo brasileiro, nunca faltará com o critério da imparcialidade na cobertura de quaisquer fatos.
Atenciosamente,
Eduardo Paes"
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento