Petista respondeu ao PMDB.| Foto: Lula Marques/Agência PT

Um dia após o PMDB divulgar documento em que aponta “desequilíbrio fiscal” do governo e defende um “ajuste permanente”, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que o Brasil não é “prisioneiro da agenda de ajustes” e tem “agenda de estímulo ao investimento”. O discurso de Dilma foi lido na sexta-feira (30) pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, do PMDB, durante evento em uma empresa de celulose em Sete Lagoas (MS).

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Dilma cancelou sua viagem ao Mato Grosso do Sul de última hora, pois sua mãe, Dilma Jane, de 92 anos, passou mal durante a noite. Kátia Abreu representou a presidente na cerimônia e leu um discurso escrito pela petista. “De nossa parte, estamos trabalhando intensamente para realizar os ajustes necessários ao estabelecimento de uma situação fiscal mais robusta e à redução da inflação. Não estamos, no entanto, prisioneiros da agenda de ajustes. Ao contrário, temos uma agenda consistente de estímulo ao investimento.”

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Em seu texto, Dilma também afirmou que o país tem uma “agenda robusta de investimentos em infraestrutura de transporte, em parceria com o setor privado”. Ela lembrou que o governo lançou projetos orçados em R$ 198 bilhões para estradas, ferrovias, portos e aeroportos, por meio do Programa de Investimentos em Logística (PIL).

A presidente destacou, ainda, que o governo federal vai trabalhar para “criar um ambiente de negócios” favorável para empreendimentos bem sucedidos. “É assim que vamos voltar a crescer, a gerar emprego e renda e oportunidades para nossa população”, leu Katia Abreu.

O novo programa do PMDB, com propostas que vão na contramão da política econômica em vigor, não agradou ao Planalto. A orientação, porém, é não polemizar com o principal aliado, no momento em que o governo precisa reconstruir sua base para garantir governabilidade.