Palocci: considerado um habilidoso negociador político| Foto: José CZruz/ABr

Dilma Rousseff chamou Antonio Palocci, um dos coordenadores da transição, para integrar seu governo. Segundo a reportagem apurou, a petista convidou o ex-ministro da Fazenda para comandar a Casa Civil na semana passada, mas ele avalia a possibilidade de ir para a Secretaria-Geral da Presidência.

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Isso porque a pasta, comandada por Dilma durante quase cinco anos, se tornará um órgão de estrito assessoramento da Presidência da República, ao passo que a secretaria assumirá funções mais políticas. A avaliação entre membros da equipe de transição é de que Pa­­­locci, considerado um habilidoso negociador político, seria melhor aproveitado na Secretaria-Geral.

A Casa Civil deve ser desidratada de algumas atribuições executivas, como a gestão do PAC, que deve passar ao guarda-chuva do Ministério do Planejamento.

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Condutor do delicado e bilionário processo de aparelhamento das Forças Armadas e com fama de bons serviços prestados ao governo Lula, Nelson Jobim é o nome mais cotado para permanecer à frente do Ministério da Defesa. Na quarta-feira da semana passada, Jobim recebeu Palocci para um almoço.

No cardápio, a consulta a Jobim se concordaria em continuar à frente do ministério no governo Dilma. A conversa, no entanto, não foi conclusiva e será retomada assim que Dilma fechar o desenho que deseja para o Planalto e a equipe econômica. Mas a consulta-convite foi feita e o anúncio do nome de Jobim depende apenas de acertos sobre as condições para sua permanência no cargo. O convite a Jobim é do interesse de Lula.

Partidos

Dois nomes ganharam força ontem na bancada do PMDB na Câmara Federal como indicações para o Ministério do futuro governo Dilma: o deputado Marcelo Castro (PI) para a pasta da Inte­­­gração Nacional e o ministro Wagner Rossi para continuar na Agricultura.

O PMDB trava uma queda de braço com o PSB, que deseja retomar a pasta da Integração Na­­cional. Já Wagner Rossi é um nome da cota pessoal do vice-presidente eleito, Michel Temer.

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Na discussão sobre cargos no futuro governo, o PT decidiu incluir o Ministério da Cultura na lista de pastas pelas quais vai brigar para ter o controle.

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