Senador Aécio Neves voltou a abrir fogo contra a presidente Dilma.| Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira (8) que a presidente Dilma Rousseff está “acuada” diante da crise. Ao comentar o alto índice da inflação divulgado nesta quarta, o tucano disse ainda que são os mais pobres que terão de pagar pelos erros cometidos pelo governo.

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“O que vejo é uma presidente acuada, fragilizada. Uma presidente da República que vem a público para dizer que não vai cair é uma presidente que não se sente segura no cargo”, afirmou, ao comentar novamente as declarações que a petista deu ao jornal Folha de S.Paulo .

Ele também voltou a repetir que o PT trabalha para impedir o trabalho das instituições e que é papel da oposição denunciar as irregularidades do governo. “Quero sugerir que as lideranças petistas poupem seus esforços de atacar a oposição e comecem em se preocupar em se defender das gravíssimas denúncias contra a presidente, seja no Tribunal de Contas da União, seja no Tribunal Superior Eleitoral”, disse.

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Inflação

Para o tucano, a inflação, que acumula 8,89% em 12 meses, é resultado da “crise de expectativa” que existe em relação ao governo. “Hoje os brasileiros mais pobres é que pagam o preço mais duro dos equívocos cometidos pelo governo nos últimos anos”, afirmou.

O senador voltou a ironizar o fato de que o índice está quase no mesmo patamar da popularidade da presidente, que ficou em 9% de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada no início do mês.

Contra-ataque

Dentro do avião, na escala que fez ontem em Portugal, quando se dirigia à Rússia, Dilma soube da movimentação de Aécio, que reagiu ao discurso do “golpismo” entoado pelo Planalto. “Ele vestiu a carapuça”, comemorou a presidente, surpresa com o que chamou de “atos falhos” do tucano durante entrevistas concedidas ao longo do dia - disse que foi reeleito presidente da República.

Na convenção do PSDB que reconduziu Aécio ao comando do partido, no domingo (5), tucanos apostaram em novas eleições antes de 2018, embora tenham evitado falar em impeachment. Para Dilma, essa foi a senha que faltava para entrar no ringue “com unhas e dentes”.

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