A decisão do TSE de restringir as alianças nos estados vai resultar numa "eleição menos competitiva e com poucas opções para o eleitor", na avaliação do cientista político Rogério Schmitt, da consultoria Tendências. Para Schmitt, a medida vai afetar profundamente o processo eleitoral. Na avaliação dele, o TSE está tomando para si a função do Congresso Nacional.

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- Vira uma série de casuísmo, um preciosismo jurídico que desconhece a realidade política do país. A Justiça eleitoral está praticamente legislando, usurpando uma função do Congresso Nacional, criando amarras e tornando as coisas mais complicadas - disse.

Apesar de a decisão do TSE ter sido negativa para todos os partidos, Schmitt acredita que o PT é o que menos vai perder. Na opinião dele, com a nova restrição vai ficar mais fácil para o partido atrair o apoio do PMDB. O cientista político avalia que essa é a melhor opção do PMDB, que sem candidato próprio, ou sem nenhuma coligação nacional, pode acabar ficando sozinho nas eleições.

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- As piores alternativas do PMDB são ter um candidato próprio, ou fazer o que o partido faria antes: ficar de fora da disputa nacional. Das duas formas, o PMDB não poderia se coligar com nenhum partido. A melhor estratégia é apoiar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Geraldo Alckmin (PSDB) - comentou, ressaltando que, atualmente, o PMDB está dividido entre apoiar o PT ou PSDB, mas que deve pesar na decisão o favoritismo por Lula nas últimas pesquisas eleitorais.Schmitt avaliou ainda a situação dos partidos menores. Segundo ele, da mesma forma que o PMDB encontra nas coligações sua melhor saída, as coligações com os grandes partidos é a melhor opção para os pequenos. Ele lembrou que apenas os partidos com uma linha ideológica muito bem definida conseguem manter as mesmas coligações nacionalmente e nos estados.