O candidato derrotado à presidência da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia (PT), afirmou nesta sexta-feira (6) que é preciso tomar cuidado com "eventual exploração midiática" sobre a condução coercitiva do tesoureiro petista João Vaccari Neto. O deputado federal chegou a Belo Horizonte logo após o almoço para participar de eventos comemorativos aos 35 anos da sigla.
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"Evidentemente que, quando o tesoureiro Vaccari vai depor de forma coercitiva, não estou falando por ele apenas, ele já tinha manifestado intenção de depor", disse o petista. "É preciso ter um cuidado quanto uma eventual exploração midiática de fatos ruins. É preciso ter cautela para não ter exploração indevida, notícia é uma coisa, exploração indevida é você ter atitudes no sentido propagandísticos."
Ao ser indagado sobre quem estaria fazendo exploração indevida, o deputado petista recuou. "Disse que é preciso evitar exploração. Portanto, você tem que aguardar tanto quem acusa, para ver se prova, e o direito de defesa."
Derrota na Câmara
Chinaglia ainda comentou a derrota para Eduardo Cunha (PMDB) na disputa à Presidência do Senado e descartou que o revés tenha relação com momento complicado vivido pelo partido.
"São assuntos que não têm relação. Desde o ano passado havia um conjunto de partidos da base que se organizam em torno da candidatura de Eduardo Cunha. E, quando o PT resolveu decidiu lançar candidatura, a escolha caiu sobre mim e comecei a campanha já em recesso", afirmou. "Muitos parlamentares dizem, aliado a essa demora porque muitos assumiram compromisso, e houve outro componente importante que foi a decisão partidária. Aí entra a decisão do partido com governo".
Petrobras
Chinaglia ainda comentou a nomeação de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, e admitiu preocupação com a configuração restante da diretoria e com a criação de mecanismos para evitar novos casos de corrupção.
"É claro que o presidente é o cargo mais importante, mas não é único, então precisa ver o restante da diretoria porque seguramente vai ter que ter pessoas do setor, portanto com conhecimento técnico específico, para gerenciar melhor a empresa", comentou. "Qualquer que tenha sido o pior caminho, são duas conclusões: as instituições de investigação estão funcionando, segundo é óbvio que e preciso ter mecanismos de controle mais eficazes".
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