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A Embrasil, companhia responsável pela varredura na Assem­­­bleia do Paraná, informou ontem que não é possível, até o momento, saber se os aparelhos de monitoramento encontrados na sede do Legislativo faziam de fato escutas – embora a empresa diga que a hipótese mais provável é de que essa seja mesmo a função dos equipamentos. Segundo a Em­­brasil, também não seria possível saber se realmente havia alguém monitorando as conversas dos deputados estaduais.

A informação de ontem atenuou o que a Embrasil havia informado no dia 5 de fevereiro, quando iniciou a varredura na Assembleia. Na ocasião, a empresa disse ter encontrado no prédio da administração da As­­sembleia Legislativa escutas ambientais. O fato foi amplamente informado pela imprensa e, até então, ninguém da Assembleia ou da empresa havia alertado para hipótese de que os equipamentos pudessem não ter essa finalidade – ao contrário da Polícia Civil, que sempre tratou o caso como suspeita de monitoramento.

Os equipamentos encontrados pela Embrasil na Assembleia eram formados por microfones e por um sistema de emissão de frequência de rádio que poderia mandar o sinal para um raio de até 100 metros. Supostamente, haveria alguém recebendo os sinais para fazer monitoramento.

Ontem, a Embrasil afirmou que, na verdade, "somente uma perícia técnica", que está a cargo da polícia, vai apontar se as escutas de fato ocorriam. "Só numa bancada, fazendo os testes necessários, você vai saber qual a função exata de cada equipamento", diz Antônio Carlos Walger, perito de contrainformação da Embrasil. A empresa informou que foi contratada para fazer a varredura e que as perícias agora são de responsabilidade da polícia.

No fim de semana em que os equipamentos foram localizados durante uma varredura nas salas ocupadas pelos integrantes da Mesa Executiva, técnicos da Embrasil declararam que os equipamentos colocados no prédio eram caros, de alta tecnologia e não produzidos artesanalmente. Segundo eles, parte do material era de origem israelense e estava avaliado em até R$ 50 mil. Ontem, porém, a empresa afirmou que uma das centrais de suposta escuta era "não industrializada".

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