Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado Ademar Traiano (PSDB) afirmou que o aumento na taxação de uma série de produtos é necessário para que o governo "tome pé da situação", pois muitos benefícios concedidos não têm mais razão de existir. Segundo ele, cada caso será analisado individualmente e o benefício pode ser concedido novamente por decreto.
"Nenhum segmento será prejudicado. Assumimos esse compromisso com os deputados e com o setor produtivo, que não pode perder competitividade", disse. Questionado sobre os impactos à população, o tucano declarou que "não há outro caminho".
Por telefone, o secretário da Fazenda, Luiz Eduardo Sebastiani, informou que esse assunto está sendo coordenado pelo gabinete do governador e pelo futuro secretário da pasta, Mauro Ricardo Costa.
Críticas
Classificando o tarifaço dos alimentos como um "desastre" para a economia do estado, o líder do PT na Assembleia, Tadeu Veneri, afirmou que é uma loucura voltar ao patamar das alíquotas cobradas em 2008. "O governador está acabando com medidas tomadas justamente para desonerar a população. Estado quebrado é uma coisa. Quebrado e assaltante é outra. Aprovarmos isso será um deboche com os paranaenses."
Autor da minirreforma tributária de seis anos atrás que reduziu impostos, o senador Roberto Requião (PMDB) disse, por meio da assessoria, que a proposta do atual governo mostra descontrole e falta de gestão. "Eles contrataram centenas de comissionados e aumentaram barbaramente o valor do repasse para os outros poderes. Agora, fazem com que o povo pague esse desgoverno", atacou.
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