Parlamentares da oposição afirmam que a prisão do tesoureiro João Vaccari Neto na 12ª fase da Operação Lava-Jato pode levar o PT a perder o registro de partido político. Na visão deles, há indícios de que a presidente Dilma Rousseff possa ter se beneficiado de recursos arrecadados pelo tesoureiro da legenda.
“O PT não tem credencias de partido político, e sim de lavanderia. O partido é reincidente ao ter o tesoureiro Vaccari, sucessor de Delúbio Soares, flagrado e preso por arrecadar dinheiro desviado de empresas públicas para alimentar suas campanhas e encher os bolsos de seus dirigentes”, afirmou, por meio de nota, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).
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Leia a matéria completaO líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), observou que o registro do PT pode ser colocado em risco pela suspeita de arrecadação feita com empresas internacionais, o que seria vedado.
“Atentem só para a irresponsabilidade do senhor Vaccari. Vejam o poder que o PT concedeu ao tesoureiro do partido. Um poder que, exercido de maneira atabalhoada, pode fazer com que o próprio PT deixe de existir. Parece que nada aprenderam com o caso do mensalão, com as estripulias de Delúbio Soares”, disse Bueno.
Caiado afirmou que a prisão de mais um tesoureiro do partido mostra uma reincidência do partido e pode colocar em risco o mandato de Dilma.
“Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma foi beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais que suficiente para ela perder o mandato por corrupção”, afirmou o parlamentar.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), afirma que a prisão comprova o envolvimento do PT no escândalo de desvio de recursos na Petrobras. Ele destacou o fato de Vaccari ter pedido na semana passada um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser obrigado a assinar termo de compromisso em dizer a verdade na CPI da Petrobras.
“A máxima do dia é que mentira tem perna curta. Vaccari foi preso menos de uma semana depois de mentir descaradamente”, disse Mendonça Filho.