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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (11), em entrevista no programa Bom Dia Ministro, que a presidente eleita Dilma Rousseff terá um início de governo melhor que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Vai ser completamente diferente. Ela já entra com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) organizado", disse o ministro.

Segundo Paulo Bernardo, Dilma assumirá o mandato com um cenário econômico melhor que o de 2003, quando Lula tornou-se presidente. Ele lembrou que no primeiro ano do governo Lula, a inflação era superior a 12% e o juro estava em 25% ao ano. "Tivemos, inclusive, de aumentar o juro no comecinho do governo Lula, fazer arrocho enorme no início do governo", afirmou.

Durante a entrevista, Paulo Bernardo disse que o momento não é o ideal para discutir a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "A presidente eleita já disse que não vai mandar proposta para o Congresso e se ninguém falar mais nesse assunto, acho que acabou o assunto", afirmou.

Segundo Bernardo, a economia aquecida aumentou a arrecadação e compensou o fim da CPMF. "O presidente Lula não criou impostos. Perdemos a CPMF, inclusive, cerca de R$ 40 bilhões anuais, e procuramos fazer adequações ao orçamento", argumentou.

Sobre os critérios de reajuste do programa Bolsa Família, o ministro afirmou que devem ser definidos no início do próximo ano, quando a presidente eleita assumir o cargo. "Vamos buscar um critério para reajuste, como acontece com aposentadoria e outros, em vez de discutir todo ano", disse.

O ministro do Planejamento disse que o governo ainda está trabalhando no orçamento de 2011 e que o objetivo é impedir o aumento de gastos. "Estamos interagindo com o Congresso Nacional para evitar que sejam aprovados projetos que signifiquem aumento de gastos, principalmente de grande montante", afirmou.

Questionado sobre qual seria o próximo reajuste do salário mínimo, o ministro respondeu que "não temos previsão de aumento no Orçamento" e que o governo deve persistir em uma política salarial que preserve o poder aquisitivo do trabalhador.

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