Envolvido no escândalo dos atos secretos, o presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), pretende "sacrificar" o atual diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, para garantir sua sobrevivência no cargo. Sarney está abatido com a revelação feita pelo jornal O Estado de São Paulo da existência dos boletins reservados, que beneficiaram seus familiares. Parlamentares que o visitaram afirmam que Sarney não dá brecha para que lhe sugiram abandonar o cargo. Ele ainda tem esperança de recompor o Senado com a opinião pública, brecando qualquer movimento pela renúncia. A receita é simples: tirar Gazineo da diretoria-geral, passando o posto a um gestor fora do quadro do Senado, que tenha um perfil "acima de qualquer suspeita". Mas isso não é tudo
Em desabafo a mais de um interlocutor ontem, o presidente do Senado avaliou que "agora não tem mais jeito" e afirmou que não vai "segurar" mais nada. Ao contrário, disse que sua intenção é "abrir tudo", respeitando seu estilo, que não é de "espalhafatos". Embora a crise tenha origem em desmandos administrativos e denúncias de corrupção, o grupo político de Sarney e do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), avalia que setores do PT e da oposição querem enfraquecê-lo para abrir uma nova disputa pela cadeira de presidente do Congresso.
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