O presidente do PMDB e da Câmara, Michel Temer (SP), afirmou nesta quinta-feira (26) que a disputa pelo comando da Fundação Real Grandeza, que administra o fundo de pensão dos funcionários de Furnas, não envolve o partido.
"Não é o PMDB, não. É uma questão administrativa, do Ministério de Minas e Energia e de Furnas. Não é uma questão do PMDB", disse Temer.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também repassou o problema para o governo. "O ministro [de Minas e Energia, Edison Lobão] e o governo já responderam. Nosso dever é criar uma agenda de alto nível, não ficar preso a um pequeno problema que é da área do Executivo, não nossa."
Integrantes do conselho de Furnas acusam o PMDB de estar por trás das articulações para substituir a diretoria da fundação. Nesta quinta-feira foi retirada da pauta do conselho da entidade a questão da troca da diretoria.
Comando do PMDB
O presidente da Câmara reafirmou também a sua intenção de se licenciar da presidência do PMDB. Ele disse que tomará a atitude "em breve" e que o comando do partido ficará até março do próximo ano com a deputada Íris de Araújo (PMDB-GO), primeira vice-presidente da legenda. Ele não quis comentar se voltaria a disputar o comando do partido no próximo ano.
Temer voltou a defender também que o PMDB discuta a possibilidade de disputar com candidato próprio a Presidência da República. "Isso é uma das principais hipóteses do PMDB. Eu vejo muita gente reclamando disso e eu tenho dito que aqueles que quiserem se habilitar como candidato prestariam um serviço ao PMDB. O PMDB pode ter candidato próprio, é uma das hipóteses."
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