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Placar apertador decidiu a abertura do processo contra Eduardo Cunha. Paranaenses se dividiram. | ILuis Macedo / Câmara dos Deputados
Placar apertador decidiu a abertura do processo contra Eduardo Cunha. Paranaenses se dividiram.| Foto: ILuis Macedo / Câmara dos Deputados

Três parlamentares do Paraná participaram da sessão do Conselho de Ética da Câmara Federal que resultou na abertura de um processo contra o presidente da Casa, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na manhã desta terça-feira (15). Entre os três, o único que se posicionou contra o parecer que recomendava a admissibilidade da representação contra Cunha foi o deputado federal Ricardo Barros (PP). Sandro Alex (PPS) e Valdir Rossoni (PSDB) votaram a favor do parecer.

PLACAR: Veja como votaram os deputados do Conselho de Ética no caso Eduardo Cunha

Relator da peça orçamentária da União, Barros participou pouco das sete sessões do Conselho de Ética que discutiram o caso Cunha, mas ao menos por duas vezes apareceu em momentos cruciais do debate. Na semana passada, Barros foi chamado às pressas no Conselho de Ética para votar sobre o adiamento ou não do caso Cunha. Na ocasião, votou a favor do adiamento.

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Nesta terça-feira (15), ele novamente não estava presente na reunião. Apareceu no último instante da principal votação do caso Cunha – a admissibilidade ou não do processo contra o peemedebista. Seguindo orientação da bancada do PP, Barros votou junto com os aliados de Cunha, contra o seguimento da matéria no Conselho de Ética.

A bancada do PP justifica que era favorável à abertura de processo contra Cunha, mas orientou voto contrário depois que os membros do Conselho de Ética negaram o pedido de vista ao parecer do deputado federal Marcos Rogério (PDT/RO). Como o relator foi trocado, aliados de Cunha alegavam que havia necessidade de mais tempo para análise do parecer, apresentado nesta terça-feira (15). A maioria dos membros do grupo entendeu, contudo, que o conteúdo do parecer é apenas um complemento ao texto anterior, do ex-relator Fausto Pinato (PRB/SP), e que o pedido de vista era apenas “mais uma estratégia” dos aliados de Cunha para atrasar a análise do caso. O parecer foi aprovado por 11 votos contra 9. A partir da notificação, Cunha tem dez dias para se defender.

Ao contrário de Barros, o paranaense Valdir Rossoni (PSDB) não é membro titular do Conselho de Ética, mas avisou que estava presente na reunião desta terça-feira (15) devido ao atestado médico do correligionário Betinho Gomes (PSDB/PE). Rossoni votou a favor da admissibilidade do processo contra Cunha e, em uma das intervenções que fez durante a reunião, criticou a confusão da última sessão do Conselho de Ética, quando parlamentares trocaram agressões.

Já o paranaense Sandro Alex (PPS), que é vice-presidente do Conselho de Ética, não chegou a votar nesta terça-feira (15), embora já tivesse se posicionado a favor do parecer em mais de uma ocasião. O pepessista foi convocado pelo presidente do grupo, José Carlos Araújo (PSD), para comandar o processo de votação do parecer. Assim, o paranaense ficou impedido de registrar seu voto. Pelo regimento interno, o presidente só vota em caso de empate.

Veja como votaram os deputados do Conselho Ética no caso Eduardo Cunha

A favor da abertura do processo

Paulo Azi (DEM-BA)

Leo de Brito (PT-AC)

Valmir Prascidelli (PT-SP)

Zé Geraldo (PT-PA)

Júlio Delgado (PSB-MG)

Nelson Marchezan (PSDB-RS)

Sandro Alex (PPS-PR)

Marcos Rogério (PPS-RO)

Rossoni (PSDB-PR)

Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

Fausto Pinato (PRB-SP)

A favor do arquivamento imediato do processo

Cacá Leão (PP-BA)

Erivelton Santana (PSC-BA)

Paulo Pereira da Silva (SD-SP)

Ricardo Barros (PP-PR)

Washington Reis (PMDB-RJ)

Manoel Júnior (PMDB-PB)

Bacelar (PR-BA)

Vinícius Gurgel (PR-AP)

Wellington Roberto (PR-PB)

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