Parentes de vítimas protestam contra arquivamento da CPI do Apagão Aéreo

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A Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), criada pelas famílias de vítimas do acidente do Fokker 100 da TAM em outubro de 1996, condenou a anulação da criação da CPI do Apagão Aéreo pela Câmara dos Deputados.

A entidade quer realizar audiências públicas na Assembléia Legislativa de São Paulo para discutir os problemas do setor aéreo. A presidente da Abrapavaa, Sandra Assali, diz que está procurando deputados estaduais para viabilizar audiências em que seriam convocados desde passageiros até funcionários de companhias aéreas e controladores de vôo.

"Não podemos nos esquecer de que estamos falando em segurança, uma vez que sem os investimentos necessários estão deixando de preservar vidas", protesta a associação, por meio de comunicado à imprensa.

O governo conseguiu aprovar na quarta-feira (21) na Câmara dos Deputados recurso do PT que anula a criação da comissão. Foram 308 votos a favor, 141 contra e 2 abstenções.

A presidente da Abrapavaa, que perdeu o marido no acidente do vôo 402 da TAM há dez anos, reconhece a expansão do setor aéreo, mas faz duras críticas ao serviço oferecido aos passageiros. "A estrutura em terra e ar está extremamente precária, colocando em risco a vida de muitos brasileiros e aí temos de contar com santos pilotos e com o heroísmo dos controladores de vôo", ironiza.