A 20 dias do prazo final para obter registro no Tribunal Superior Eleitoral, a Rede Sustentabilidade já admite que não conseguirá cumprir o requisito de 492 mil assinaturas validadas de eleitores. Para formalizar a criação do partido, o grupo ligado à ex-senadora Marina Silva prepara uma última cartada jurídica.
Na quarta-feira, 18, o partido apresentará um lote de 150 mil fichas de apoio certificadas. Com isso, terão conseguido levantar pouco mais de 450 mil. Para alcançar o mínimo necessário, a Rede entrará com um recurso no TSE pedindo para que sejam validadas cerca de 90 mil assinaturas que foram recusadas pelos cartórios eleitorais sem justificativa.
Nesta semana, a ministra relatora do caso, Laurita Vaz, encaminhará o processo para o Ministério Público Eleitoral. O órgão tem dez dias para analisar o pedido e deve recomendar que o registro seja deferido somente se todos os requisitos legais tiverem sido cumpridos.
O discurso adotado pela Rede desde que deu entrada com o pedido no TSE, em 26 de agosto, é de que a sigla foi vítima da lentidão e da burocracia da Justiça Eleitoral. Alegam que os cartórios descumpriram o prazo de 15 dias para analisar as assinaturas e que os índices de fichas rejeitadas ultrapassaram os níveis aceitáveis em Estados estratégicos, como São Paulo.
Nos bastidores, porém, articuladores da Rede começam a admitir que, se a decisão de criar a legenda tivesse sido tomada antes, os obstáculos na reta final seriam menores.
Um dos integrantes da Executiva provisória da Rede, que concordou em dar entrevista desde que sua identidade fosse preservada, afirmou que o grupo não se decidiu antes pela criação do partido e a consequente coleta de assinaturas por causa da própria Marina Silva. Segundo o organizador da legenda, o "timing" foi considerado o mais democrático pela ex-senadora e ex-candidata à Presidência.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
STF e governistas intensificam ataques para desgastar Tarcísio como rival de Lula em 2026
Governo e estatais patrocinam evento que ataca agronegócio como “modelo da morte”
Pacote fiscal pífio leva Copom a adotar o torniquete monetário
Por que o grupo de advogados de esquerda Prerrogativas fez festa para adular Janja