Cerca de 200 mil pessoas participaram da passeata contra as novas regras de distribuição dos royalties realizada segunda-feira (26), no Centro do Rio, segundo os cálculos da Polícia Militar. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB-RJ), a atriz Fernanda Montenegro, a humorista Maria Paula, e os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Lindberg Farias (PT-RJ) se juntaram à multidão de manifestantes que tomou a Avenida Rio Branco com a campanha "Veta, Dilma: contra a injustiça, em defesa do Rio".

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O movimento é para pressionar a presidente Dilma Rousseff a vetar o projeto de lei que altera a distribuição dos royalties do petróleo, inclusive dos campos já licitados, que causará uma perda de R$ 2,079 bilhões ao estado só em 2013. Os participantes também ocuparam a Praça da Cinelândia. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse acreditar que a presidente Dilma Rousseff vetará a mudança na da distribuição dos royalties dos contratos já licitado, mas disse que se a nova lei "não alterar os contratos vigentes já seria uma forma de pacificação. O governo do Rio não pedindo nada demais, apenas que se cumpra a constituição.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse acreditar que a presidente Dilma Rousseff vetará a mudança na da distribuição dos royalties dos contratos já licitados. Na manifestação na Cinelândia, Cabral afirmou que o governo do Rio, apesar das grandes perdas que terá com o novo projeto, aceita a decisão do Congresso em relação aos futuros contratos de exploração do pré-sal. Mas voltou a destacar a inconstitucionalidade da mudança retroativa. "Não alterar os contratos vigentes já seria uma forma de pacificação. O governo do Rio não pedindo nada demais, apenas que se cumpra a constituição."

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Após discursos de políticos e artistas em defesa da manutenção dos royalties do estado do Rio, pedindo o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que pode tirar R$ 2,079 bilhões do estado só em 2013, começou o show na Praça da Cinelândia por volta de 18h40m desta segunda-feira. Alcione iniciou as apresentações da noite, cantando o hino nacional. Foi sucedida por Fernanda Abreu, que cantou um o funk no palco pedindo o veto da presidente. Na sequência, cantaram os funkeiros Naldo e Buchecha. "Não é uma questão de números, mas de princípios e justiça", afirmou.

Em seguida, MV Bill e a atriz Maria Paula fizeram as vezes de mestres de cerimônia, apresentando vídeos em que celebridades que não puderam ir à Cinelândia deram suas opiniões sobre a polêmicas dos royalties. "Eu sou de Santo Amaro na Bahia. Mas mexeu com o Rio, mexeu comigo", disse o cantor Caetano Veloso.

A atriz Fernanda Montenegro surgiu no palco, em seguida, para fazer um breve discurso: "Vou falar pouco, mas o fundamental: veta Dilma, contra a injustiça e em defesa do Rio e do Espiríto Santo. Só pedimos justiça."

A passeata uniu a sociedade civil, artistas, atletas, empresários e políticos. Jogadores de times rivais como Leo Moura do Flamengo e Deco do Fluminense chegaram juntos.

Só o município de Campos dos Goytacazes, um dos mais ameaçados pelo risco de redistribuição dos royalties, trouxe 60 ônibus repletos para a Avenida Rio Branco. Está prevista também a participação de diversos secretários da prefeitura e funcionários públicos. Os ônibus saíram de Campos por volta de 7h e chegaram no começo da tarde, com faixas escrito "Veta, Dilma".

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"Viemos aqui para combater essa injustiça. Nosso município é um dos maiores produtores de petróleo do país e vai ser um dos maiores prejudicados", disse Alcimar Carvalho, diretor-administrativo da Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de Campos dos Goytacazes.