No dia em que retornou à Câmara como deputado federal, o ex-ministro da Educação do governo Fernando Henrique, Paulo Renato (PSDB-SP), fez um mea-culpa da oposição feita por seu partido no primeiro mandato petista. Para Renato, o PSDB não tinha muita experiência fora do poder e perdeu a chance de enfrentar o governo Lula quando era necessário.
Segundo ele, com medo de serem tachados de irresponsáveis, os tucanos acabaram se omitindo em alguns momentos.
- Confundimos oposição responsável com oposição excessiva. Deixamos passar muita coisa. Tínhamos que ter sido mais ativos na questão dos escândalos - afirmou, ilustrando o caso do dossiê, em que, na ocasião do depoimento do "aloprado" Hamilton Lacerda na CPI dos Sanguessugas, nenhum deputado de seu partido estava presente.
O ex-ministro criticou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo na semana passada como panacéia para o baixo crescimento do Brasil. Renato foi cauteloso, no entanto, ao explicar como o seu partido irá se comportar na votação de matérias enviadas pelo Executivo. Segundo ele, a bancada tucana na Câmara vai se pautar pelo interesse da sociedade.
- O governo perdeu uma grande oportunidade de mandar para o Congresso um conjuto de medidas relevantes. Mandou meia dúzia de isenções (tributárias). Essa era a oportunidade do governo. Fico muito decepcionado - disse, para em seguida, completar:
- Eu sinto o PAC no mesmo nível do plano que elaboramos antes do primeiro governo FH (no período de transição que antecedeu o primeiro mandato tucano). Tínhamos mais coerência do que o governo Lula.
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