O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa prestou novo depoimento nesta terça-feira (23) na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Nesta fase, ele deu esclarecimentos em inquérito sobre parlamentares supostamente envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. Paulo Roberto foi ouvido por policiais federais de Brasília. Como se tratam de políticos com foro privilegiado, a ação tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o advogado do ex-diretor, João Mestieri, nesta terça-feira, Paulo Roberto Costa apresentou apenas um panorama do inquérito geral envolvendo os parlamentares, sem entrar em detalhes sobre cada um dos políticos. Ele teria reafirmado as declarações dadas em sua delação premiada relacionando a colaboração com documentos obtidos pelos policiais nesta fase de inquérito. O depoimento, segundo o advogado, durou uma hora e meia. “Foi uma introdução à abordagem política sem dar ênfase a nenhum nome, um panorama de tudo que possa existir em relação aos parlamentares”, declarou Mestrieri.
Paulo Roberto Costa, que está cumprindo prisão domiciliar no Rio de Janeiro, também participou nesta segunda-feira (22), em Curitiba, de uma acareação com o doleiro Alberto Youssef . De acordo com os advogados, na maioria dos pontos contestados, foram mantidos as divergências das delações.
A defesa de Youssef confirmou ainda que, nos próximos dias, ele também vai prestar depoimentos aos policiais federais de Brasília em relação ao inquérito do STF.
Depoimentos na Justiça Federal
Nesta terça-feira a tarde, na Justiça Federal, ocorrem ainda cinco depoimentos em uma das ações da Lava Jato, que trata do suposto envolvimento dos ex-deputados Pedro Corrêa e Luiz Argôlo no esquema de corrupção na Petrobras. Além de Paulo Roberto, estão depondo a ex-contadora de Youssef, Meire Pozza, e Leonardo Meirelles, Ediel Viana e Carlos Alberto Pereira da Costa.
Na saída do depoimento, João Mestieri, advogado de Paulo Roberto Costa, disse que o ex-diretor confirmou novamente a disponibilização de verbas para o Partido Progressista (PP) na época em que ocupava a diretoria de Abastecimento da Petrobras, conforme delatou em colaboração com a Justiça. “Foi um reprise de tudo que já foi dito, absolutamente nada de novo foi acrescentado”, disse.
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