Sem ter garantia de presença na Mesa Diretora da Câmara, a bancada do PDT adiou a decisão de apoiar o candidato petista à presidência da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS). Depois de reunir parte da bancada, o líder Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) o Paulinho da Força Sindical, argumentou que ainda há tempo para novas conversas antes do dia 31, véspera da eleição. Ele enfatizou que nem todos os 26 deputados da bancada estavam presentes no encontro de hoje.
"A tendência da grande maioria é apoiar Marco Maia", disse Paulinho, afirmando que os 14 deputados que participaram da reunião defenderam esse posicionamento. Enquanto o PDT adiou a definição, o PP anunciou apoio a Marco Maia. Os partidos têm anunciado suas posições na medida em que conseguem garantias de que terão espaço na Mesa Diretora e nas presidências de comissões.
O PP apresentou o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) como o nome que será indicado para compor a Mesa da Casa. O partido descartou a formação de bloco parlamentar com outras legendas e prometeu os votos a Maia na eleição. "Não vejo o menor espaço para uma chapa alternativa", disse Eduardo da Fonte. O cargo ainda não está definido.
Oitavo partido na ordem de tamanho, o PDT quer que o PT ceda um dos cargos que terá na Mesa para um deputado da bancada. Pela regra da proporcionalidade, na qual os cargos são distribuídos pelo tamanho dos partidos, o PT poderá ficar com duas escolhas. Além disso, o PDT quer a garantia de que ficará com a presidência da Comissão do Trabalho.
Essa é, no entanto, a mesma reivindicação do PTB. A bancada quer a presidência da Comissão do Trabalho e a permanência do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) na quarta secretaria. Os cargos precisam ser negociados com os demais partidos, porque, sozinho, o PTB não terá força para ficar com os cargos. A Mesa é composta por sete titulares e quatro suplentes. Além disso, estão em negociação os cargos de ouvidor e de procurador da Casa e a presidência do Conselho de Ética.
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