Os advogados dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos protocolaram às 13h desta terça-feira o pedido de prisão domiciliar para os dois, de acordo com a assessoria de imprensa do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O STJ concedeu na última sexta-feira esse benefício a Suzane von Richthofen. Os três são réus confessos do assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen, em agosto de 2002. Na época do crime, Daniel e Suzane eram namorados. Quem vai analisar o pedido é o ministro Nilson Naves, responsável pela decisão que beneficiou Suzane. Como o julgamento dos três está marcado para a próxima segunda-feira, dia 5, o caso deve ter prioridade.

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- Se não for atendido, vou ao Supremo (Supremo Tribunal Federal, STF) e se não conseguir, posso pedir o adiamento do júri - afirmou o advogado Geraldo Jabour, responsável pela defesa, nesta segunda-feira.

Jabour alega estar sofrendo duplo cerceamento. Primeiro por parte da Justiça que não concedeu automaticamente o benefício aos irmãos e depois por parte do sistema penitenciário. Ele afirma que não tem conseguido conversar com seus clientes, que estão presos em Itirapina, no interior do estado, por conta da greve dos agentes penitenciários.

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- Fui atropelado por esses dois fatos agora. Da primeira vez em que concederam a liberdade para Suzane, demorou cinco meses para os meus clientes terem o mesmo benefício. Se eu conseguir ir a casa deles, conversar com eles, sem os agentes atrapalhando, o julgamento ocorre no dia 5 - afirma, acrescentando que os irmãos moram com os pais, que têm residência fixa há 36 anos e Suzane ficará em local emprestado por outras pessoas.

Jabour disse ainda que não pretende pedir o julgamento em separado de Suzane e dos irmãos Cravinhos, mas não revelou o motivo para isso.

- Isso ficará para o tribunal - diz o advogado.

O desmembramento do julgamento pode ocorrer a pedido da defesa, já que os réus irão se acusar mutuamente.

- Se o desmembramento for pedido, daí a promotoria vai escolher quem julgar naquele dia. O outro julgamento ficará para o dia 17 de julho. Mas, a princípio, a idéia é julgar os três para terminar rapidamente - afirma o promotor Nadir Campos Junior que participa da acusação.

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Em caso de desmembramento, um novo júri participará no julgamento no dia 17 de julho. Caso os três sejam condenados a mais de 20 anos, eles ainda têm direito a pedir um novo julgamento - um procedimento que é chamado de protesto por novo júri. Os três estão sujeitos a pena de até 60 anos.