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Lula, Dirceu e Dilma: ex-ministro da Casa Civil foi o mais aplaudido na abetura do congresso petista | Ueslei Marcelino/Reuters
Lula, Dirceu e Dilma: ex-ministro da Casa Civil foi o mais aplaudido na abetura do congresso petista| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Paranaenses querem debater alianças para eleição de 2012

Os deputados paranaenses Dr. Rosinha e Tadeu Veneri vão aproveitar o 4.º Congresso Na­­cional do PT para tentar emplacar a candidatura própria do partido na eleição de 2012 para a prefeitura de Curitiba. Depois dos rumores de que uma ala do partido deseja apoiar a candidatura de Gustavo Fruet (sem partido) já no 1.º turno, os dois pré-candidatos do PT pretendem mobilizar os caciques da legenda em torno da necessidade de candidatura própria.

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Justiça

Jefferson insiste para que STF julgue Lula pelo mensalão

Brasília - Mais uma vez o presidente do PTB, Roberto Jefferson, insistiu para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja incluído entre os acusados de envolvimento no esquema do mensalão. Em um documento enviado nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) com as suas alegações finais sobre o caso, Jefferson afirmou que Lula deve ser considerado suspeito porque enviava projetos para o Congresso.

De acordo com o Ministério Público, o esquema consistia no pagamento de quantias a parlamentares para que votassem a favor de projetos de interesse do governo. No início de julho, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao STF que condene 36 dos 38 réus do processo do mensalão. Ele afirmou que devem ser absolvidos por falta de provas o ex-ministro Luiz Gushiken e o ex-assessor Antônio Lamas.

"Qual a razão do ilustre acusador ter deixado de denunciar aquele que, por força de disposição constitucional, é o único que no âmbito do Poder Executivo tem iniciativa legislativa, o presidente da República, para somente acusar três de seus auxiliares, ministros de Estado, que iniciativa para propor projetos de lei não têm", disse a defesa de Jefferson nas alegações finais enviadas ao STF. A expectativa é de que o plenário do STF julgue a ação no início do próximo ano.

Agência Estado

Brasília - O PT deve aprovar neste fim de semana um documento que mantém o partido, em teoria, como uma legenda de esquerda e de contestação ao capitalismo. Embora em oito anos de governo os petistas tenham passado longe de formular políticas socialistas, a resolução do 4.º Congresso da sigla critica partidos da esquerda europeia por "capitular ao domínio do neoliberalismo".

O congresso nacional petista serve para dar as diretrizes principais da legenda. Ontem, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula participaram do evento. Principais estrelas do partido, os dois foram os grandes responsáveis pela guinada para o centro que a legenda deu a partir de 2002 e que os militantes parecem querer "corrigir" com a nova resolução a ser votada.

Em 24 páginas, o documento fala em "trincheiras" ao abordar as campanhas das eleições municipais de 2012 e diz que a esquerda dos países europeus "não conseguiu dar respostas adequadas à crise". A resolução petista defende ainda velhas bandeiras da esquerda brasileira: o aumento da taxação das grandes fortunas, sobre as heranças e os lucros, como uma forma de frear a especulação financeira.

Pressão

Os conflitos entre "o PT do governo" e o "PT do papel" eram ainda maiores na versão inicial do texto, que foi modificada a pedido do Planalto. A primeira versão do documento defendia a extinção do Senado e, na lista dos projetos de iniciativa popular, sugeria a mudança da composição do Banco Central, com uma regulamentação "republicana" do capital financeiro no Brasil.

Apesar da contradição, a resolução petista é, ao mesmo tempo, um longo elogio ao governo Lula. Com direito à famosa frase "nunca antes na história deste país", o documento está cheio de citações elogiosas ao ex-presidente. Seus feitos ao longo de oito anos de governo são cuidadosamente relacionados na resolução. Lula enfrentou a corrupção, adotou medidas inovadoras e políticas anticíclicas, que evitaram a "contaminação" da economia, além de "diminuir acentuadamente o desemprego" e estabelecer uma "política de elevação do valor real do salário mínimo".

Economia

Outro ponto de conflito entre o PT e o governo parece residir na política econômica. O documento a ser votado cobra políticas mais ousadas de redução de juros no país. "A questão dos juros e do câmbio precisa ser enfrentada com medidas mais ousadas. O câmbio elevado é uma ameaça à economia brasileira, que exigirá no curto prazo medidas de forte impacto, capazes de frear o livre ingresso de dólares, os quais, fantasiados de investimento direto, na verdade, buscam lucros financeiros, obtidos pela diferença das taxas de juros do país de origem e a Selic", diz o texto.

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