A discussão sobre a criação da Assembléia Legislativa começou em 2003, na gestão do ex-presidente da Casa Hermas Brandão, mas acabou não sendo concluído pelo ex-deputado. No ano passado, quando parecia deslanchar, uma pendenga judicial atrasou ainda mais a iniciativa, que só destravou há dois meses, depois que o deputado Nélson Justus (DEM) assumiu a Presidência do Legislativo.
Em novembro de 2005, a Assembléia abriu o processo de concorrência pública para escolha da empresa responsável pela produção dos programas, compra de equipamentos e contratação de pessoal. Uma comissão especial de licitação com representantes da Assembléia, do Executivo e do Ministério Público foi formada para conduzir o processo.
O edital atraiu 27 empresas de todo o país, mas apenas 9 apresentaram propostas para a concorrência. A avaliação das concorrentes começou em fevereiro de 2006 e encerrada em agosto. Duas empresas foram desclassificadas por falta de documentos, restando sete.
Entre as exigências do edital estavam profissionais com experiência, portfólio dos trabalhos realizados, cartas de recomendação de clientes, proposta de grade de programação e preço.
A comissão de licitação definiu uma pontuação para cada requisito e a vencedora foi a GW Comunicação. Na seqüência vieram a Realiza Vídeo, a TV Naipi, de propriedade do empresário Paulo Pimentel, a Soft Vídeo, o Canal 21, do empresário Luís Mussi, a TV Icaraí de Maringá, do empresário Joel Malucelli, e a Primer Produção e Locação Ltda, de Santa Catarina.
O empresário Joel Malucelli discordou do resultado e recorreu à Justiça para suspender o processo de licitação. O problema judicial se arrastou de agosto até fevereiro deste ano, quando o presidente da Assembléia, Nélson Justus, convenceu Joel Malucelli a retirar a ação.
O empresário concordou e a instalação da TV Assembléia teve continuidade. "O importante é que agora tudo está resolvido e vamos tornar possível ao telespectador acompanhar, da sua casa, a atuação de cada deputado e os projetos que estão sendo discutidos. Será uma nova era no Legislativo", prevê Nélson Justus. Com as transmissões ao vivo, a expectativa é de que haja maior freqüência dos deputados nas sessões e um trabalho mais efetivo das comissões permanentes.
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