Afastados comandantes da PM de Rondonópolis onde simulação matou menor
A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso anunciou nesta terça-feira a troca de comando na Polícia Militar em Rondonópolis, onde uma simulação de seqüestro resultou na morte de uma criança e deixou outras dez pessoas feridas. Na ação, pelo menos uma das armas tinha balas de verdade ao invés de festim. De acordo com o secretário de Segurança, Carlos Brito, a mudança no comando serve para que "não pairem dúvidas a respeito das investigações".
O Instituto de Criminalística concluiu laudo sobre as armas e as munições usadas em simulação de seqüestro feita pela Polícia Militar em Rondonópolis (MT). Durante a ação, que era uma apresentação da PM em festa comunitária, balas de verdade foram usadas em vez de balas de festim, matando um adolescente e ferindo outras nove.
O documento será entregue nesta quarta-feira (13) ao delegado regional João Pessoa, que comanda as investigações. Nenhuma informação sobre o laudo foi divulgada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública nesta terça-feira (12).
A secretaria informou que o delegado vai confrontar os dados da perícia com os depoimentos prestados pelos policiais envolvidos na simulação.
Durante a simulação, o garoto Luís Henrique Dias Burlhões, de 13 anos, foi atingido na cabeça por um tiro. Ele chegou a ser levado para o Hospital Regional de Rondonópolis, onde morreu. Outras nove pessoas atingidas, entre elas seis crianças.
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