O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou que os depoimentos que já foram dados à CPI do Cachoeira corroboram com as afirmações que ele concedeu sobre a venda de sua casa. Ele é um dos investigados pela CPI por ter sido mencionado pela Polícia Federal como um dos que conversaram com o contraventor Carlinhos Cachoeira, e por ter vendido a casa onde o bicheiro foi preso em fevereiro.
"Os depoimentos, até agora feitos à CPMI, não colocam fato novo ou contradizem as afirmações do governador", defende a assessoria do governo, em nota divulgada nesta terça-feira (5). De acordo com a nota, os depoimentos do ex-vereador Wladimir Garcez, que intermediou a venda da casa do governador, e do dono da Faculdade Padrão, Walter Paulo Santiago, que comprou a casa, estão em linha com as declarações de Perillo.
Segundo a nota, Garcez procurou Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo, e manifestou interesse em adquirir o imóvel. "Conforme o depoimento de Wladimir, este, sem conseguir honrar o pagamento e ao ser cobrado pelo sr. Lúcio, entrou em contato com sr. Cláudio Abreu (ex-diretor da Construtora Delta no Centro-Oeste), solicitando que emprestasse os recursos para que pudesse honrar o pagamento da casa. O sr. Cláudio lhe emprestou três cheques - dois no valor de R$ 500 mil e um no valor de R$ 400 mil", afirma a nota enviada pela assessoria do governo.
De acordo com a explicação de Perillo, Garcez disse a Gouthier que não ficaria com o imóvel e que havia repassado o negócio da venda da casa ao dono da Faculdade Padrão. "Lúcio (Gouthier), representando o governador e acompanhado do sr. Wladimir, presenciou a entrega do dinheiro, e ambos assinaram o recibo de venda. O dinheiro ficou em posse do sr. Wladimir que, ainda conforme declarou em seu depoimento na CPI, fez o pagamento do empréstimo ao sr. Cláudio Abreu", defendeu o governador, em nota.
Nesta terça-feira, Walter Paulo Santiago afirmou que pagou em dinheiro (R$ 1,4 milhão) pela casa, em notas de R$ 50 e de R$ 100, e que o valor foi entregue a Wladimir Garcez e ao senhor Lúcio Gouthier Fiúza.
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