• Carregando...

Além das ossadas encontradas na segunda-feira no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, peritos do Instituto Médico-Legal (IML) de Duque de Caxias e do Centro do Rio acharam nesta terça, em meio ao lixo, alças de caixão. Segundo a delegada Sandra Ornellas, da 59.ª DP (Caxias), o material pode identificar de qual cemitério os restos mortais foram retirados irregularmente.

Os peritos continuam fazendo escavações. Já foram encontradas no local ossadas de aproximadamente 100 pessoas, além de corpos em decomposição. Parte dos cadáveres estava dentro de sacos com numeração que faz referência a túmulos. O material havia sido identificado por catadores de lixo por volta das 10h de segunda-feira.

A delegada ouviu o motorista do caminhão que despejou as ossadas no aterro, Jorge Ferreira Campos, de 28 anos.

- Tudo indica que ele não tinha conhecimento do material, pois estava tudo ensacado. A responsabilidade é de quem tirou estes corpos do cemitério, desobedecendo o protocolo. Após três anos de exumação, os restos mortais que não forem reclamados pelas respectivas famílias devem ser incinerados ou engavetados - disse Sandra.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio, policiais tentam identificar o contratante da carreta que desovou os ossos. Os responsáveis pelo transporte e pela contratação serão indiciados por ocultação de cadáver e violação de sepultura. Se condenados, podem pegar até nove anos de prisão.

Embora a Santa Casa de Misericórdia tenha afirmado que as ossadas não saíram de nenhum dos 13 cemitérios administrados pelo órgão, a delegada afirmou que continuará investigando todas as hipóteses. Informações do IML, para onde as ossadas foram encaminhadas, dão conta de que os cadáveres têm mais de três anos. Ainda conforme o instituto, isso indica que os restos mortais estavam mesmo enterrados em um cemitério legal.

- Está descartada a possibilidade de os corpos serem de bandidos. Certamente, um cemitério fez uma ação criminosa e despejou os cadáveres no lixão. Já temos uma testemunha que viu o caminhão despejando o corpo. Vamos descobrir que empresa fez o serviço e quem foi o contratante - disse um policial civil que pediu para ter o seu nome preservado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]