Pesquisa de intenção de voto para a corrida ao Senado no estado, feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, mostra um empate técnico entre o senador Roberto Requião (PMDB), o secretário estadual Ratinho Junior (PSC) e Osmar Dias (PDT). De acordo com a pesquisa, realizada entre 20 e 24 de junho, Requião teria 45,1% das intenções de voto no Paraná se as eleições fossem hoje. Ratinho Junior aparece empatado tecnicamente com o senador, com 41,2% do eleitorado. Osmar Dias teria 37,9%.
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O governador Beto Richa (PSDB) foi o que se saiu pior na pesquisa. Se as eleições para o Senado ocorressem hoje, Richa teria apenas 7,5% dos votos, atrás da senadora Gleisi Hoffmann (PT), que conquistaria 19,2% dos votos dos paranaenses.
“Isso pode ser reversível sim. Depende da capacidade do governo de se levantar”, analisa o cientista político Luiz Domingos Costa. De acordo com Costa, há uma tradição em quase todos os estados do país de que o governador se eleja senador após o fim do mandato. “Momentaneamente ele [Richa] está perdendo isso. E isso é muito sintomático do desgaste que ele sofreu este ano”, avalia.
Se de um lado a crise no Paraná diminui as intenções de voto de Richa, as chances de Requião aumentam. “Ele disputou com o Beto e, como o Beto está mal, ele consequentemente está bem. Ele é o oposto ao Beto na visão do eleitor”, explica o presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.
Para Costa, a crise do PSDB no estado contribui para o aumento nas intenções de voto de Requião. “Possibilitou ao senador se fazer uma referência de uma porção específica do eleitorado que é contra políticas de coloração tucana”, analisa o cientista político.
Para Hidalgo, chama a atenção o fato de o secretário Ratinho Junior aparecer em segundo lugar nas intenções de voto. “O que mostra que, pela pesquisa do Senado, o Ratinho não está ainda muito contaminado pelo desgaste na gestão do Beto Richa”, afirma o pesquisador. “Indubitavelmente ele é um nome forte para 2018, seja para governador, seja para senador”, completa Costa.
A senadora Gleisi Hoffmann, que ficou em terceiro lugar na corrida para o governo do estado no ano passado, aparece em quarto lugar nesta pesquisa. “O abalo do PT no Paraná foi forte; primeiro com a rejeição ao PT no estado e, segundo, por causa das denúncias do partido na Operação Lava Jato”, avalia o cientista político.
Metodologia
A pesquisa ao Senado foi estimulada, ou seja, os eleitores receberam um cartão com os nomes dos possíveis candidatos e fizeram uma escolha entre eles. A margem de erro é de 2,5%, num intervalo de confiança de 95%. O instituto ouviu 1.344 eleitores de 58 municípios paranaenses.
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