CNT/Sensus: 45,3% são favoráveis a unificação de Câmara e Senado
Se depender de 45,3% das duas mil pessoas entrevistadas em 136 municípios do país na pesquisa CNT/Sensus, Câmara e Senado deveriam ser unificadas numa única Casa Legislativa. De acordo com a pesquisa, apenas 32,7% dos entrevistados disseram ser contra a unificação, enquanto 22,1% disseram não saber ou não responderam. Leia matéria completa
Avaliação recua, mas Lula continua com aprovação alta, diz CNT
A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou entre junho e outubro, mesmo resultado da apreciação do desempenho pessoal do presidente, aponta pesquisa. A variação, porém, está dentro da margem de erro, e Lula continua forte cabo eleitoral para as eleições de 2010. A pesquisa do instituto Sensus divulgada nesta segunda-feira e encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que a avaliação positiva do governo caiu para 46,5 por cento em outubro, ante 47,5 por cento em junho, data do levantamento anterior. Leia matéria completa
Para 48,7%, mandato pertence ao candidato, diz pesquisa
Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte e do Instituto Sensus divulgada nesta segunda-feira (15) revela que 48,7% da população acredita que o mandato pertence ao candidato, enquanto 38,3% defendem que o mandato é do partido político. Por outro lado, segundo a pesquisa, 54,2% concordam com a decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir o troca-troca partidário, rejeitada por 30,7% dos entrevistados. Leia matéria completa
Pesquisa Sensus divulgada na manhã desta segunda-feira pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revela uma grande indefinição na corrida presidencial de 2010. O levantamento mostra também que avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu ligeira oscilação negativa entre junho e outubro, mesmo resultado da apreciação do desempenho pessoal do presidente. A queda está dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais, e aprovação do governo e do presidente ainda é considerada alta pelos responsáveis pela sondagem. Foram ouvidas 2.000 pessoas entre os dias 8 e 12 de outubro em 135 municípios de 24 estados do país.
O Sensus apresentou uma lista de nomes de políticos aos entrevistados e perguntou em quem votariam para presidente em 2010. Uma primeira lista, com 22 nomes, mostra vantagem para os candidatos tucanos, com pequena vantagem para o governador de São Paulo, José Serra, que aparece com 12,8% das intenções de voto, seguido pelos também políticos do PSDB Geraldo Alckmin, com 11,6%, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, com 9,8%. O deputado Ciro Gomes, do PSB, aparece com 9,4%, seguido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com 4,7%, e a ministra do Turismo, Marta Suplicy, do PT com 2,2%. Os outros candidatos somam 11,8%, enquanto 32,2% não têm candidato.
Na segunda lista, sem Serra e tendo como candidato tucano Aécio Neves, Ciro lidera com 28,3%. O governador de Minas tem 20,5% e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, 5,4%. Esta segunda lista tem apenas estes três nomes. Outros 46% disseram não ter candidato, índice considerado alto pelo cientista político Ricardo Guedes, do Sensus.
Na terceira lista, também com três nomes, o representante do PSDB é Serra, que aparece com 30%, Ciro com 22,8% e Dilma com 5,7%, enquanto 41,6% disseram não ter candidato ainda.
O Instituto Sensus perguntou também: "Você votaria ou não em um candidato apoiado ou indicado por Lula?" A opção "Somente conhecendo" teve 32,4%", seguido de "Não votaria", com 27,2%, "Poderia votar", com 25,4%, e "Único em que votaria", com 10,8%.
Para Chinaglia, Lula tem reais possibilidades em 2014
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta segunda-feira que o presidente Lula tem "reais possibilidades" de disputar a eleição presidencal de 2014 se continuar com a alta popularidade que tem hoje. Chinaglia afirmou, porém, que ainda é cedo para falar sobre uma nova candidatura de Lula.
- 2014 está longe. Espero que todos estejamos vivos até lá. Acho que nem o presidente, nem ninguém está analisando 2014, dado que temos aí mais de três anos de governo, eleições presidenciais em 2010; 2014 está muito longe para qualquer previsão. Agora, se ele terminar o mandato no nível que ele está hoje, ele tem reais possibilidades, caso queira, de disputar em 2014, como outros - afirmou
Reeleição tem o apoio de 57,4%, mas perde oito pontos percentuais
O levantamento revela uma redução de oito pontos no percentual de entrevistados que aprova a reeleição se comparado à pesquisa de abril de 2006. De acordo com o Sensus, 57,4% dos dois mil entrevistados na pesquisa de outubro disseram ser favoráveis à reeleição do presidente da República, dos governadores e dos prefeitos, contra 38,2% que são contra. Na pesquisa do ano passado, antes da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 65,4% eram a favor da reeleição e 28,2% eram contra.
Os entrevistados foram consultados ainda especificamente sobre a reeleição para presidente da República e a duração dos mandatos. Para 45,7%, o presidente deveria deveria ficar no cargo somente por um mandato, 36,8% defenderam reeleição por dois mandatos e 12,3%, por três mandatos. Para 43,6%, o mandato deveria ser de quatro anos com reeleição, para 34,1% deveria ser de quatro anos sem reeleição e para 9,2% deveria ser de cinco anos com reeleição, enquanto 9,1% defendem mandato de cinco anos sem reeleição.
Aprovação de Lula e do governo oscila dentro da margem de erro
Segundo a CNT/Sensus, a avaliação positiva do governo em outubro ficou em 46,5%, contra 47,5% em junho, a regular ficou em 35,9%, contra 36,5% em junho, enquanto a avaliação negativa subiu de 14% para 16,5%. O desempenho pessoal do presidente Lula também continua em alta, variando de 64% em junho para 61,2% em outubro, no limite da margem de erro. Desde novembro de 2005, no entanto, quando a aprovação a Lula estava em 46,7%, a nota dada ao presidente só apresentava melhora.
Apesar da interrupção do crescimento, Ricardo Guedes destaca que a popularidade de Lula continua bastante alta. Uma recente pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada em setembro, já mostrara um ligeiro recuo na popularidade, também dentro da margem de erro.
- A popularidade é alta e mostra estabilidade. Teria que esperar outras pesquisas para ver se tem realmente uma tendência de queda ou não. Este número mostra estabilidade em patamar elevado - afirmou Guedes.
O presidente da CNT, Clésio Andrade, citou como fatores da manutenção da popularidade de Lula a geração de emprego, os programas sociais e os números macroeconômicos. Na avaliação pessoal do presidente da CNT, o país está sendo "arrastado pelo momento positivo da economia internacional." Ele cita o resultado da pesquisa relativo a geração de emprego e programas sociais, que continuam com boas avaliações. No caso do emprego, subiu de 46,5% em junho para 50,6% em outubro a parcela dos entrevistados que espera melhora nos próximos seis meses.
Para entrevistados, mandato é do político, mas STF está certo
A sondagem mostra uma aparente incoerência no entendimento dos entrevistados sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de que o mandato eleitoral é dos partidos. Para 48,7% dos entrevistados, o mandato é do candidato, contra 38,3% que acham que ele pertence ao partido. No entanto, 54,2% disseram concordar com a decisão do STF de que quem muda de partido deve perder o mandato, contra 30,7% que disseram ser contra.
De acordo com o cientista político Ricardo Guedes, do Sensus, em princípio as duas respostas poderiam revelar incoerência. Segundo ele, porém, elas mostram que o eleitor vota no candidato, que é uma tradição da política brasileira, mas não quer que ele mude de partido, daí a aprovação da decisão do Supremo.
Maioria acha que Câmara e Senado deveriam se unificar
Se depender de 45,3% dos ouvidos neste levantamento, Câmara e Senado deveriam ser unificadas numa única Casa Legislativa. De acordo com a pesquisa, apenas 32,7% dos entrevistados disseram ser contra a unificação, enquanto 22,1% disseram não saber ou não responderam. A pesquisa mostrou ainda que 25,8% acham que o sistema bicameral deve continuar, 23,3% defendem a extinção do Senado, 19,2% o fim da Câmara e 12,6% a extinção de ambos.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse que há um componente de protesto e desencanto nas respostas da pesquisa, mas destacou que não existe democracia sem Parlamento.
Televisão informa 76,1% da população
Dos 2.000 entrevistados, 31% sabem que o Governo Federal está criando uma TV Pública. Entre os que têm conhecimento, 74% concordam com a sua criação e 18,4% são contra.
O Sensus avaliou que 81,5% dos entrevistados consideram a imprensa importante para a formação da opinião pública. A TV é o meio que 76,1% utilizam para se informar, 8,1% se informam pelo rádio, 7,1% pela internet, 6,4% pelos jornais e 0,7% por revistas.
Brasileiro se acostumou ao horário de verão
Segundo a pesquisa, os brasileiros já se acostumaram ao horário de verão, iniciado domingo. Segundo a pesquisa, 59,4% dos entrevistados aprovam a medida, contra 36,8% que são contra. Na pesquisa realizada entre novembro e dezembro de 2001, 52,8% dos entrevistados disseram ser favoráveis à mudança nos relógios, contra 37,1% que eram contra. Segundo o Sensus, os números mostram uma consolidação da medida, que já foi absorvida pela população.
A pesquisa também avaliou as torcidas de futebol no país. O Flamengo foi o time com maior número de adeptos, 14,4%, seguido pelo Corinthians, 10,5%, e São Paulo, 8,0%. Já 28,4% das pessoas afirmaram não torcer por nenhum time de futebol.
A maioria dos brasileiros, 51,9%, diz gostar de futebol; 15,4% gostam "mais ou menos" e 32,0% não gostam. O time do São Paulo lidera com 46,4% das indicações como o provável Campeão Brasileiro 2007.