Integrantes do Diretório Nacional do PT endossaram nesta sexta-feira (1º) a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita na noite de quinta-feira (28/02) em Fortaleza, de que envolvidos em casos de corrupção devem ser punidos. No primeiro seminário que o PT fez para comemorar os dez anos à frente do governo federal, Lula afirmou na capital cearense que está disposto a fazer o debate sobre corrupção com a oposição. "Somos seres humanos. Alguns de nós podem cometer erros e, quando cometer, tem de ser julgado, como todos têm de ser julgados. Errou tem que ser punido", declarou.

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Segundo petistas, Lula, quando presidente, promoveu medidas de aprimoramento dos mecanismos de controle da gestão pública e chegou a tomar medidas punitivas contra aliados próximos. Amigo de longa data de Lula, o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP) citou os casos dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci para argumentar em favor da declaração do ex-presidente. "O que o Lula falou ali, ele repetiu o que falou lá atrás. Quando o próprio José Dirceu saiu do ministério e voltou para a Câmara, foi um recado: 'Olha, quem fez, paga'. A mesma coisa foi o Palocci. Dentro do governo, quem errar tem que pagar", comentou.

O deputado federal André Vargas (PT-PR) disse "não ter dúvidas" de que o discurso de Lula está correto. "Aliás, o nosso governo é exemplar nisso. A presidenta Dilma tomou todas as medidas, o presidente Lula também afastou gente, inclusive ministros que estavam muito próximos a ele sem nenhuma dificuldade", afirmou.

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O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi na mesma linha. "É natural que, se houver pessoas que por ventura tenham cometido erros graves, sejam responsabilizadas e punidas na forma da lei", disse.

O deputado federal José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara e irmão do deputado federal José Genoino (PT-SP), condenado no processo do mensalão, foi mais brando em suas declarações e disse que é preciso respeitar o trânsito em julgado dos processos. Ele afirmou que "a Justiça que condena é a mesma que tem que inocentar".