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O afastamento de José Eduardo Dutra da presidência do PT, desde 22 de março, deflagrou nos bastidores uma disputa interna por sua sucessão e atiçou o grupo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, já descontente com a condução do partido. Com problemas de saúde, Dutra está licenciado do cargo e não avisou ao PT se deixará definitivamente a direção do partido, embora tenha admitido a renúncia em conversas reservadas.

O Palácio do Planalto fará de tudo para manter Dutra no comando do PT. No partido, é ele o interlocutor de confiança tanto da presidente Dilma Rousseff como de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, que tem capitaneado as articulações para as eleições municipais de 2012.

Lula desautorizou os movimentos para substituir Dutra. Não admite discutir a sucessão no PT antes da hora e tem esperança na volta do afilhado político. "A orientação é para ninguém mexer nisso agora. Não podemos agir como urubus", disse um petista que esteve com Lula.

O ex-presidente deve conversar com Dutra hoje ou amanhã, no Rio. Quer saber o real estado de saúde do amigo - portador de forte depressão, agravada por transtorno de ansiedade - antes que ele tome a decisão final sobre seu destino político.

A contrariedade de Lula não é à toa. Desde o fim de março, petistas da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) - a mesma que ele integra, com Dirceu e o próprio Dutra - discutem a troca do presidente do PT, que tem mandato até 2013. Até agora, o mais citado para ocupar a cadeira, em caso de renúncia, é o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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