A primeira parte da sessão da manhã desta terça-feira (16) da CPI da Petrobras foi marcada por protestos dos petistas por causa da convocação do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e da aprovação de quebra de sigilos na reunião passada.
PT entrará com recurso na Câmara contra votação pela convocação de Okamotto
A bancada do PT anunciou nesta terça-feira (16) que entrará com recurso no plenário da Câmara dos Deputados contra a sessão de votação de requerimentos da CPI da Petrobras que incluiu a convocação do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. “Vamos entrar, sim, com o recurso por conta da violação do regimento interno da Casa”, anunciou o deputado Leo de Brito (PT-AC).
Os petistas passaram a manhã protestando contra a aprovação de 140 requerimentos na última quinta-feira (11). A reação dos deputados do PT ocorre após a bronca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula reclamou da convocação de Okamotto. Nesta terça a bancada compareceu em peso na CPI e chamou a manobra que permitiu a votação relâmpago dos requerimentos de “golpe”.
A bancada anunciou que pedirá os horários da votação da última sessão da comissão para confrontar com o início de suspensão da ordem do dia na última quinta-feira (11). Foi nessa brecha de 13 minutos que 140 requerimentos foram aprovados.
Os petistas questionaram a manobra e classificaram de “gambiarra” a ação orquestrada entre PMDB e oposição. “Minha observação política é que foi feita uma manobra da pior espécie para envolver o senhor Paulo Okamotto”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
A bancada do PT anunciou que poderá recorrer da votação da última semana. “O Instituto Lula nunca foi denunciado em nada na Lava Jato. Essa CPI está dando tratamento desigual para situações iguais”, atacou o deputado Jorge Sola (PT-BA), que chamou a manobra de “golpe”.
A reação dos deputados do PT acontece após a bronca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula reclamou da convocação de Okamotto.
O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), disse que Okamotto foi convocado porque o Instituto recebeu recursos de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. “Tenho certeza que fomos justos na última quinta-feira”, declarou. Ele lembrou que o pedido de suspensão da ordem do dia foi da deputada Moema Gramacho (PT-BA).
A obstrução dos petistas, iniciada por volta das 10h, acabou atrasando os depoimentos dos ex-executivos da Sete Brasil João Carlos de Medeiros Ferraz (ex-presidente) e de Newton Carneiro da Cunha (ex-presidente do Conselho Administrativo) previstos para esta terça.
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