A Petrobras contratou duas empresas independentes para investigar denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, em investigação realizada pela Polícia Federal batizada de Operação Lava Jato, informou a estatal nesta segunda-feira (27). A estatal diz que busca com a investigação independente apurar fatos e circunstâncias que tenham impacto material sobre seus negócios.
Ao autorizar a contratação dessas empresas, a estatal disse que a Diretoria Executiva cumpre seu dever de diligência e atende a normas de reguladores de mercados, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Securities and Exchange Commission (SEC), dos Estados Unidos. A CVM está investigando as denúncias.
A contratação das empresas independentes de investigação foi feita no final da semana passada. Uma delas é brasileira e a outra, norte-americana, segundo a Petrobras. Costa, que realizou denúncias com forte impacto durante a campanha eleitoral, afirmou que grandes empresas fecharam contratos com a Petrobras durante anos com sobrepreço médio de 3 por cento, e que a maior parte do dinheiro foi repassada para PT, PP e PMDB.
O ex-diretor disse em depoimento à Justiça Federal, sob acordo delação premiada, que cerca de dez "grandes empresas" realizavam um processo de "cartelização" nos acordos de fornecimento à Petrobras.
Ressarcimento
A empresa afirmou que já trabalha com medidas adequadas buscando ressarcimento de supostos recursos desviados e de eventuais sobrepreços de contratos, conforme mencionado pelo ex-diretor.
A companhia reiterou que vem acompanhando as investigações e colaborando efetivamente com os trabalhos das autoridades. A Petrobras ressaltou ainda que "está sendo oficialmente reconhecida pelas Autoridades Públicas como vítima nesse processo".
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