Em relatório enviado ao Ministério Público Federal, a Polícia Federal (PF) acusa o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de envolvimento com a quadrilha supostamente chefiada pelo empreiteiro Zuleido Veras. A polícia acusa ainda os deputados Paulo Magalhães (DEM-BA) e Maurício Quintella (PSB-AL) de se beneficiar dos desvios de dinheiro público da Gautama, empresa de Zuleido. Caberá agora ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, decidir se pede ou não ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra os três deputados, que ainda não estão sendo investigados por terem direito a foro privilegiado.
O nome dos três parlamentares, associados a cifras, aparecem em documentos de contabilidade apreendidos nos escritórios da Gautama. Os nomes de Olavo Calheiros e Paulo Magalhães também aparecem em gravações de conversas da Operação Navalha .
Além disso, a polícia dispõe de indícios de repasse de dinheiro de Zuleido para Paulo Magalhães. Com base nas investigações feitas até o momento, a PF aponta Magalhães e Olavo Calheiros como dois dos principais políticos aliados do dono da Gautama. Magalhães teria ajudado a empresa a expandir seus negócios para fora da Bahia. Calheiros seria um dos suportes da Gautama em Alagoas.
Em nota divulgada no início da noite, Paulo Magalhães nega qualquer vínculo com as fraudes imputadas à empreiteira.
"Não tenho envolvimento algum com o assunto versado; não recebi valor algum do Dr. Zuleido ou de qualquer outra pessoa; na conversa telefônica que mantive com o Dr. Zuleido, não se tratou de pagamento de qualquer ordem".
Quintella também nega qualquer relação com os escândalos da Gautama. Segundo a assessoria de imprensa do deputado, Quintela "não tem envolvimento com fraudes em licitações e nunca apresentou emendas para a Gautama".
Já Olavo Calheiros não retornou a ligação do jornal.
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