A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) a Operação Pecúlio para desarticular um grupo que supostamente praticou crimes contra a administração pública em Foz do Iguaçu. A PF investiga licitações municipais envolvendo verbas públicas federais, que teriam envolvido ‘obtenção de vantagens indevidas’.
Cerca de 250 policiais federais, 23 agentes da Receita Federal e 14 da Controladoria-Geral da União cumprem quatro mandados de prisão preventiva, dez mandados de prisão temporária, 19 conduções coercitivas e 51 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados, órgãos públicos e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa.
Segundo a PF, a Operação Pecúlio foi iniciada há dois anos, ‘mediante inquéritos policiais instaurados pela Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu’.
“A partir da análise dos elementos coletados no curso das investigações, foi possível constatar a existência de fortes indícios de ingerências de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e realização de obras junto à Administração Municipal, para as quais foram direcionadas quantias milionárias de recursos públicos federais (PAC e outros), bem como em empresas contratadas para prestar serviços ao Sistema Único de Saúde - SUS”, informa nota da PF.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre/RS e pela Justiça Federal em Foz do Iguaçu, após pareceres do Ministério Público Federal.
Os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, prevaricação, crimes a licitações e organização criminosa. Se condenados os envolvidos podem pegar penas de mais de vinte anos de prisão.
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